Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44625 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: DEMANDAS E DESAFIOS DE ACESSO AO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NO BRASIL
LUCAS MARTINS CORREIA - FMT, DANIELLA OLIVEIRA NAVARRO - FMT, ALEXANDRA BRANDÃO DOS SANTOS - UFSB


Apresentação/Introdução
No final da década de 70, à medida que ocorria mudanças no eixo da estrutura da área da saúde com o processo de redemocratização, ergueram-se diversos movimentos sociais em defesa de grupos específicos e de liberdades sexuais, os quais agiram de forma a combater as injurias e práticas discriminatórias sem caráter ou base de fundamentação.

Objetivos
Quais são os fatores determinantes para a inacessibilidade dessa população aos serviços públicos em saúde? De fato, existiram mudanças nos processos em saúde adaptados a esse público?

Metodologia
Revisão integrativa, descritiva e exploratória, de abordagem qualitativa, acerca da inacessibilidade aos serviços em saúde pela população LGBTQIA+ nos âmbitos públicos em saúde no Brasil. Critério de inclusão: revistas cientificas, dissertação de mestrado e livros, completos e disponíveis na língua portuguesa que abordem a história da saúde da população LGBTQIA+, políticas públicas em saúde e suas vertentes, atuação da equipe multiprofissional em saúde e o preconceito, publicados entre 2011 e 2021. Encontrados 504 artigos correspondentes às temáticas, extraídos (58) artigos e revistas elegíveis e utilizados para estudo (16) arquivos, por meio de análise de título e resumo, ano de publicação.




Resultados
Negreiros et. al (2019), afirma que mesmo com os avanços obtidos a partir da RSB, a acessibilidade aos serviços de saúde pelos usuários LGBTQIA+ caraterizada como excludente, nas práticas em saúde e âmbitos sociais. A PNSI LGBTQIA+ considera que o preconceito contribui diretamente para a supressão ao acesso em saúde, uma vez que fatores como: desemprego, a falta de acesso a moradia, alimentação digna, acesso à educação de qualidade, lazer, cultura e saúde são determinantes sociais preponderantes e considera importante a compreensão de que o preconceito decorre de diversos outros fatores culturais específicos associados herdados e ainda vigentes, tais como: machismo, racismo e a misoginia.


Conclusões/Considerações
O debate sobre o preconceito no tecido social brasileiro favorece a inclusão, quebra barreiras e corrobora com os princípios doutrinários do SUS: integra, humaniza, permite o acesso de forma igualitária, sem distinções. A inclusão dessa temática no currículo dos cursos da área de saúde e nos espaços em saúde, seja assistencial ou de pesquisa, favorece o debate, a aproximação e o reconhecimento do problema favorecem a visibilidade desses usuários.