SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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43500 - TESTAGEM RÁPIDA PARA HIV EM MULHERES NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE: UMA ANÁLISE TRANSVERSAL EMERSON SILVEIRA DE BRITO - UFCSPA; HMV, THAYANE MARTINS DORNELLES - UFCSPA; HMV, ELIANA WENDLAND - UFCSPA; HMV
Apresentação/Introdução A feminização da epidemia do HIV, caracteriza-se pela redução da razão homem/mulher infectados pelo vírus e está associada a diversos fatores, como o contexto de vulnerabilidade individual, social e programática que torna-se determinante neste processo. Relações de poder, baixa capacidade de decisão, violência e desinformação são fatores que potencializam os riscos das mulheres de se infectar pelo HIV.
Objetivos Avaliar a realização de testagem rápida para HIV em mulheres do município de Porto Alegre/RS no ano de 2019.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, composto por dados das testagens rápidas para HIV realizado no município de Porto Alegre no ano de 2019. Os dados foram obtidos em base gerada pela produção individual nas Unidades de Saúde do município. Após a testagem os indivíduos responderam a um questionário sociodemográfico. Para a análise de dados foi considerada frequência absoluta, teste de qui-quadrado para variáveis categóricas e ANOVA para variáveis contínuas.
Resultados Foram realizados 22.646 testes em mulheres, destes 421 (1,9%) foram reagentes para HIV. A média de idade entre mulheres não reagentes foi de 31,9±13,1 e 35,6±12,1 nas reagentes (p<0,01). A baixa escolaridade (ensino fundamental) foi maior entre as mulheres com teste reagente (64,7%) quando comparadas às não reagentes (41%). Mulheres com teste reagente mais frequentemente se autodeclaram como pretas ou pardas (52,2%) quando comparadas às não reagentes (39,9%) (p<0.01).
Conclusões/Considerações A infecção pelo HIV é um fenômeno complexo e sua compreensão e enfrentamento consiste num desafio cotidiano aos serviços de saúde. Mulheres com baixa escolaridade e autodeclaradas pretas ou pardas apresentaram maiores taxas de detecção. Apesar de existirem políticas de saúde para o enfrentamento do HIV, estratégias específicas, que promovam o empoderamento e autocuidado feminino devem ser priorizadas, principalmente entre mulheres de alta vulnerabilidade.
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