Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42849 - ENFRENTAMENTO DO ACESSO A SAÚDE PELA POPULAÇÃO LGBT
ALLANNA STEPHANY CORDEIRO DE OLIVEIRA - UFPB, ACAAHI CEJA DE PAULA DA COSTA - UFPB, KAMILLA DE ANDRADE CARVALHO - UFPB, ISABELLE EUNICE DE ALBUQUERQUE PONTES MELO LEITE - UEPB


Apresentação/Introdução
Dominação, humilhação e desrespeito são as características da intimidade no cotidiano dos LGBTQIAP+, e devido ao preconceito, a marginalização desta população nos serviços de saúde e o estigma que padecem, aliados ao fato da falta de compreensão dos profissionais de saúde e ao fato de serem sensíveis às suas próprias necessidades conduzem à má qualidade dos serviços.

Objetivos
Descrever as características sociodemográficas e relativas aos preconceitos enfrentados pela população LGBT+ nos serviços de saúde, diante de uma pesquisa online.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa transversal, com pessoas da população LGBT+, por meio de um questionário online, na plataforma do Google Forms. A população foi composta por gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e demais, maiores de 18 anos. O questionário constitui desde dados de identificação, sociodemográficos, aspectos sobre a saúde e aspectos emocionais. Os dados gerados ocorreram através das respostas dos participantes, formando um banco de dados específico, sendo realizada a análise estatística no software EpiInfo.

Resultados
A amostra contou com 95 participantes, em que sua maioria possuía entre 18 e 25 anos (66,3%), seguido de 26 e 35 anos (30,5%) e 3,2% com mais de 36 anos. Em relação a orientação sexual, foram de gays (33,7%), bissexual (32,6%), lésbica (28,4%) e transexual e pansexual (5,3%). Dessa população a etnia predominante foi a branca (53,7%) e a preta com (43,2%), além disso, 37,9% possuíam menos do que dois salários-mínimos, e 27,4% recebiam menos que um salário. Observou-se também que 77,9% sofrem/sofreram algum tipo de preconceito no dia a dia, 31,6% sofreram preconceito no serviço de saúde, e 41,1% deixaram de buscar atendimento em saúde por medo de constrangimento e preconceito por ser LGBT+.

Conclusões/Considerações
Evidencia-se que o acesso dos LGBT+ é caracterizado por diversas barreiras, como cuidados discriminatórios pelos profissionais de saúde e comportamento impróprio, deixando-os isolados dos serviços de saúde. Além disso, muitos participantes sofrem preconceitos no seu cotidiano, assim como dentro da saúde que deveria ser um local de acolhimento. Assim, são necessários mais investimentos em educação em saúde para profissionais de saúde.