Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41338 - PERMANÊNCIA DE JOVENS HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS E MULHERES TRANSGÊNERO EM SERVIÇOS DE PROFILAXIA PRÉ- EXPOSIÇÃO AO HIV: REVISÃO SISTEMÁTICA
NATHALIA SERNIZON GUIMARÃES - UFBA, LAIO MAGNO - UNEB, GABRIEL MONTEIRO - UNEB, IZABEL RAMOS - UNEB, THAIS ARANHA-ROSSI - UNEB, MARCOS PEREIRA - UFBA, INÊS DOURADO - UFBA


Apresentação/Introdução
A profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) é sabidamente uma estratégia eficaz e efetiva para o controle do HIV em populações-chave para a epidemia, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans (MT). Assim, identificar a
permanência destes usuários em serviços de PrEP pode contribuir para a construção de estratégias de vinculação a programas de prevenção mais apropriadas e eficazes.

Objetivos
O objetivo dessa revisão foi sintetizar evidências científicas disponíveis internacionalmente sobre a permanência de jovens HSH e MT em serviços de PrEP.

Metodologia
Revisão realizada através de busca em cinco bases de dados: PubMed; Embase; Web of Science; Central (Cochrane Library) e LILACS utilizando unitermos MeSH, DeCS e Emtree, até 21 de março de 2022. O registro está protocolado no PROSPERO [#CRD42022323220]. Foram incluídos estudos que acompanharam HSH e MT com idade entre 18 e 25 anos, antes e após a oferta da PrEP. Foram excluídos estudos que avaliaram a conscientização do uso da PrEP, sem o uso efetivo durante o período de estudo. A permanência nos serviços de oferta da PrEP foi definida como retorno ao serviço ao final do estudo. As frequências foram calculadas como média aritmética dos estudos avaliados.

Resultados
Dos 1.128 estudos, seis foram elegíveis. Dois estudos avaliaram a oferta da PrEP em HSH e quatro em ambas populações (HSH e MT). O tempo de acompanhamento dos participantes variou entre 90 e 365 dias. A proporção de permanência no serviço de oferta da PrEP foi de 62,4%. Observou-se maior proporção na Tailândia (72,5%) em comparação aos EUA (65,9%) ou Brasil (52,1%) bem como entre os estudos que avaliaram somente HSH (71,0%) em comparação aos estudos que incluíram as MT nas análises (58,2%). Estudos que acompanharam por menor período de tempo (90 dias) apresentaram menor permanência (47,6%) em relação aos estudos que acompanharam por maior período de tempo (365 dias) (69,8%).

Conclusões/Considerações
A síntese das evidências científicas aponta para a necessidade de elaboração de estratégias de monitoramento bem como maior capacitação de prestadores de cuidados de saúde para a manutenção da permanência de HSH e MT nos serviços de oferta da PrEP, para mobilizar o uso efetivo dessa profilaxia, especialmente entre MT.