Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41279 - A CONSTRUÇÃO DA POLÍTICA DE SAÚDE LGBTQIA+ NA CIDADE DE SÃO LEOPOLDO/RS: NOSSOS CORPOS IMPLICADOS NO SUS
LAURA CECILIA LÓPEZ - UNISINOS, DANIEL PASSAGLIA - PREFEITURA DE SÃO LEOPOLDO, CAUÊ RODRIGUES - UNISINOS, EMANUELLY VITORIA ALMEIDA - UNISINOS, NATÁLIA INÊS SCHOFFEN CORREA - UNISINOS, GISELE CRISTINA TERTULIANO - PREFEITURA DE CACHOEIRINHA, MILENA CASSAL PEREIRA - UNISINOS, CAIO KLEIN - UNISINOS


Período de Realização
Trata-se de uma experiência em curso, que teve início no segundo semestre de 2021.

Objeto da experiência
Nosso objeto é a construção colaborativa entre universidade, ativismo e gestão pública da política de saúde LGBTQIA+ na cidade de São Leopoldo/RS.

Objetivos
Refletimos sobre a contribuição do Laboratório de Interseccionalidades, Equidade e Saúde/Unisinos na construção da política de saúde LGBTQIA+. O LabIES produz pesquisa e práxis críticas, entrelaçando diferentes áreas de conhecimento, espaços de vida e de resistência das/os/es membres.

Metodologia
O LabIES propõe a intervenção social interseccional para elaboração de pesquisas, delineamento e aplicação de ferramentas de promoção da equidade em diálogo com problemáticas levantadas por diferentes coletivos. A participação na construção da política pública se deu a través do trabalho colaborativo em torno de demanda específica de ambulatório para a população LGBT (segundo semestre de 2021), que derivou na construção da política de saúde LGTBQIA+ no município (primeiro semestre de 2022).

Resultados
O primeiro produto aplicado foi elaborado em parceria com a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Leopoldo/RS, que consistiu em um curso de formação para trabalhadoras/es da rede de saúde do município intitulado “Sensibilização em Saúde LGBTQI+”, ofertado entre outubro e dezembro de 2021 de maneira online. O curso propiciou um espaço de diálogo e construção intersubjetiva, com vistas a incentivar práticas sensíveis às dissidências sexuais e de gênero no cotidiano do trabalho do SUS.

Análise Crítica
O que surgiu como uma demanda da sociedade civil pela implementação de um ambulatório de saúde LGBT, se desdobrou em discussões sobre a singularidade que adquiriria no contexto de São Leopoldo. Para isso foi preciso articular a educação em saúde (questão que deverá ser aprofundada e ampliada a toda a rede) e a reflexão de como viabilizar esse ambulatório na cidade. Avaliou-se a necessidade de aprovar a Política de Saúde Integral da População LGBTQIA+ como instância consolidada no município.

Conclusões e/ou Recomendações
Propõe-se como meta a aprovação em 2022 da Política, assim como a viabilização do ambulatório LGBTQIA+ no âmbito da Atenção Básica do município, o fortalecimento e a ampliação da rede de saúde para este segmento. Para isso, precisa-se de educação em saúde sólida que sensibilize as/os trabalhadores para produzir um cuidado acolhedor e equânime com esse público.