SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40337 - EXPERIÊNCIAS DE REFUGIADOS LGBTQIA+ NO CONTEXTO GLOBAL: VIOLÊNCIAS, RISCOS À SAÚDE E VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS MARIA HERISLANI INOCENCIO LIMA - UNB, ADRIANA GADÊLHA MOURA - UNB, KRYSLAINNE MILLENA OLIVEIRA DE JESUS - UNB, MYRELLA OLIVEIRA MACHADO - UNB, SARAH LETÍCIA DE OLIVEIRA MENDES - UNB, JOSÉ JOCLILSON NASCIMENTO SILVA - UNB, DENISE OSÓRIO SEVERO - UNB
Apresentação/Introdução Os refugiados, são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições e frequentemente encontram-se em situação de extrema vulnerabilidade. Até o período que antecedeu a eclosão da guerra da Ucrânia, havia cerca de 26 milhões de refugiados no mundo. Dentre eles, os refugiados LGBTQIA+ representam um grupo invisibilizado e cuja situação de saúde carece amplamente de dados.
Objetivos O objetivo desta pesquisa foi conhecer as experiências vividas por refugiados LGBTQIA+ e solicitantes de refúgio em seu processo de migração, a fim de compreender a situação de vida, os riscos à saúde e os direitos humanos deste grupo no contexto global.
Metodologia Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com abordagem qualitativa, que adotou as seguintes bases de dados: PubMed, Taylor & Francis, Willey Online Library, Scopus, Virtual Health Library (BVS) e SAGE. A busca resultou em 286 títulos e após aplicação dos critérios de inclusão, sua amostra foi composta por 41 artigos científicos. Foi realizada análise de conteúdo que conduziu à identificação de cinco categorias: a) Experiências de vida pré-refúgio: histórias de violências; b) Experiências da “nova vida” nos países de destino: contradições; c) Situação e riscos à saúde de refugiados LGBTQIA+; d) Violação de direitos humanos de refugiados LGBTQIA+.
Resultados Os resultados indicam que as experiências de violências sofridas por refugiados LGBTQIA+ iniciam na infância e adolescência e os acompanham até o momento da vida adulta, quando não suportando mais a situação, decidem solicitar refúgio. Vivem contradições nos países de destino, visto que comumente as discriminações e violências perpetuam-se nestes locais, bem como as dificuldades de acolhimento e xenofobias. A saúde mental e sexual são os principais riscos e adoecimentos identificados. Há violações e dificuldades para solicitar refúgio com base na perseguição pela orientação sexual/identidade de gênero, frequentemente eles se deparam com tratamentos degradantes neste processo.
Conclusões/Considerações Os resultados da pesquisa permitiram desvelar os efeitos negativos da migração forçada, evidenciando experiências atravessadas por alto nível de violência, riscos à saúde mental e física e violações de direitos humanos. É fundamental a construção de políticas públicas de saúde com enfoque na população de Refugiados LGBTQIA+ e demais políticas intersetoriais que sejam capazes de garantir o direito à saúde e todos demais DDHH dos refugiados.
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