Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40240 - (TRANS)CENDENDO BARREIRAS NA SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA SOBRE O ACESSO DE PESSOAS TRANS E TRAVESTIS AO SUS
VICTORIA SANDYS MAPURUNGA DE SOUSA - UFDPAR, MARIA CAROLINA DE CARVALHO SOUSA - UFDPAR, GUTEMBERG DE SOUSA LIMA FILHO - UFDPAR, MARIA VITÓRIA DOS SANTOS VERAS - UFDPAR, LARA LUCIANA LIMA SANTANA - UFDPAR, JÉSSICA GOMES DE ALCÂNTARA - UFDPAR


Apresentação/Introdução
Conforme Lima et al (2020), o Brasil ocupa 40% dos crimes contra pessoas transexuais, sendo o maior do mundo. No país, a discriminação por gênero afeta a vida de pessoas transexuais e travestis, inclusive no interior do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2015). Por conta do medo, exclusão e isolamento, elas são submetidas a uma pior condição no sistema de saúde.

Objetivos
Mapear a produção científica sobre o acesso de pessoas transexuais e travestis aos serviços do Sistema Único de Saúde.
Analisar o manejo no atendimento de transexuais e travestis na saúde pública a partir de uma revisão integrativa da literatura.

Metodologia
O estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura científica. O material foi acessado por meio das bases de dados Lilacs, PubMed (PMC), Redalyc e Scielo. Foram utilizados os descritores: “travesti”; “transexual” e “SUS”. Critérios de inclusão: descritores presentes no título ou no resumo; nos idiomas português e inglês; produção nacional; publicados no período de 2018 a 2022 e publicado na íntegra e disponível na internet. Para integração de dados foi elaborada uma planilha com os itens: título, autores, ano, revista, tipo de estudo, amostra, objetivo, instrumentos e resultados.

Resultados
A pesquisa inicial dos descritores identificou um total de 218 artigos, sendo Redalyc (55), PMC (75), Lilacs (49) e Scielo (39). Dentro disso, 11 estudos atenderam aos critérios metodológicos. Nesse viés, os manuscritos foram publicados no ano de 2018-2021 em português ou inglês, com metodologia qualitativa e mista. As revistas possuíam foco em: saúde lgbt; saúde pública; trabalho e educação; sexualidade; cultura; psicologia e sociedade. Desse modo, os resultados apontaram para a negligência de aspectos socioculturais e políticos, patologização da experiência trans, falta de preparo profissional e medidas de prevenção inefetivas.

Conclusões/Considerações
A análise dos resultados permite dizer que os objetivos foram alcançados, porém uma notável limitação de pesquisa foi a quantidade. Poucos trabalhos que se propõem a pesquisar a saúde para e com o público trans; por isso, propõe-se para o futuro que sejam feitas mais pesquisas voltadas às pessoas trans e travestis, em especial com a participação ativa dessas pessoas, visto que, pelo analisado, saúde é um direito negado e negligenciado a elas.