SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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40096 - FUNCIONAMENTO DE UMA EQUIPE POLIESPORTIVA LGBTQIA + E DESAFIOS DE UMA COMUNIDADE SEM POLÍTICAS PÚBLICAS: UM RELATO DOS GESTORES E FUNDADOR CARINE FABIANA SAUL - UNIVERSIDADE FEEVALE, LISIANE KIEFER GUIMARÃES - FSNH - FUNDAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE NOVO HAMBURGO, VITÓRIA HAHN HENDLER - UNIVERSIDADE FEEVALE, DIANA ESTELA FRÓZ FERREIRA - FSNH - FUNDAÇÃO DE SAÚDE PÚBLICA DE NOVO HAMBURGO
Período de Realização O relato de experiência foi realizado em maio de 2022.
Objeto da experiência Fundador e atuais gestores de uma equipe poliesportiva LGBTQIA + atuante em uma região do sul do país.
Objetivos Relatar a fundação e o funcionamento de uma equipe poliesportiva LGBTQIA + sem fins lucrativos ou vínculos governamentais, relacionando com as políticas públicas de saúde.
Metodologia Relato de experiência realizado através de entrevistas semiestruturadas com o fundador e dois membros da gestão da equipe poliesportiva, atualmente somam mais de 300 cadastros, porém estão ativos no momento 120 integrantes, separados em grupo recreativo e competitivo. As questões abordaram temas sobre a criação, a estrutura organizacional, a forma de acolhimento, potencialidades e fragilidades da equipe, além do conhecimento destes sobre as políticas públicas para a população LGBTQIA +.
Resultados Criada em 2018 a partir de relatos de amigos sobre a dificuldade da inserção em equipes esportivas no município, seja pela falta de habilidade técnica ou pelo modelo heteronormativo. A equipe possui como valor o acolhimento e inclusão para a prática de esporte. Relataram que traz um sentimento de pertencimento aos participantes, pois além da prática esportiva, realizam atividades de cunho social. Entretanto, os entrevistados não têm conhecimento sobre existência de políticas públicas LGBTQIA +.
Análise Crítica A Política Nacional de Saúde Integral LGBT tem como objetivo a promoção e prevenção da saúde. A falta de conhecimento sobre políticas públicas é preocupante, visto que o município não possui representação política no meio LGBTQIA + ou previsão de orçamentos para planos e programas que os beneficiem. A falta de interesse e conhecimento sobre as políticas gera um constante contentamento com a situação atual, impossibilitando a reivindicação de seus direitos.
Conclusões e/ou Recomendações O fato da equipe trazer o sentimento de pertencimento aos participantes é compreendido, visto que o município onde a equipe se insere não possui nenhuma associação ou política de atenção integral à saúde da população LGBTQIA +. É responsabilidade do município articular com outros setores de políticas sociais, incluindo instituições governamentais e não-governamentais, a fim de contribuir para ações de promoção à saúde voltadas a esta comunidade.
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