Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

39045 - ORIENTAÇÃO SEXUAL E PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL NO ELSA-BRASIL
ANA LUÍSA PATRÃO - CENTRO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO, FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO, MARIA DA CONCEIÇÃO ALMEIDA - INSTITUTO GONÇALO MONIZ, FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ BAHIA, SHEILA ALVIM - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, EMANUELLE GOES - CENTRO DE INTEGRAÇÃO DE DADOS E CONHECIMENTOS PARA A SAÚDE (CIDACS), FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ BAHIA, CONCEIÇÃO NOGUEIRA - CENTRO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO, FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO, LILIANA RODRIGUES - CENTRO DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO, FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO, ESTELA M. L. AQUINO - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


Apresentação/Introdução
Apresentação/Introdução: A distorção do próprio corpo traz consequências negativas em termos de saúde. No ELSA-Brasil, pesquisas têm analisado a relação entre imagem corporal e atividade física, comportamento alimentar e consumo de álcool e tabaco. Consideramos pertinente conhecer essa realidade de acordo com a orientação sexual, uma dimensão pouco explorada a este nível no contexto brasileiro.

Objetivos
Objetivos: Avaliar a prevalência de acurácia e de distorção da imagem corporal para subpeso e sobrepeso no ELSA-Brasil, de acordo com a orientação sexual.

Metodologia
Metodologia: O presente estudo analisou os dados de 10.314 participantes do ELSA-Brasil. Destes, 5.660 (54,9%) são homens e 4.654 (45,1%) são mulheres. Quanto à orientação sexual, 188 (1,8%) relataram estar em um relacionamento estável com alguém do mesmo sexo, e os restantes 10.126 (98,2%) em relacionamento heterossexual estável. Os dados são relativos à Onda 2 e foram coletados através de um questionário multidimensional, que incluiu perguntas sobre características sociodemográficas, comportamentos de saúde, condições de saúde, e perceção da imagem corporal. As análises realizaram-se com recurso ao software STATA.

Resultados
Resultados: Em todos os grupos a percepção da imagem corporal foi majoritariamente acurada: 54,9 entre as mulheres homoafetivas, 65,4 entre os homens homoafetivos, 54,9 entre as mulheres heteroafetivas, e 55,4 entre os homens heteroafetivos. No que se refere à distorção para sobrepeso (perceber-se como mais pesados/as do que é realmente), a percentagem mais elevada (12,5%) verifica-se no grupo dos homens homoafetivos. Por outro lado, a distorção para subpeso (perceber-se como tendo menos peso do que realmente tem) alcança valores mais elevados entre as mulheres homoafetivas (37,8%). Em todos os grupos, verificam-se diferenças no nível da distorção, mediante a idade, escolaridade e classe social.

Conclusões/Considerações
Conclusões/Considerações: A orientação sexual pode influenciar o estilo de vida das pessoas e a forma como estas percebem o próprio corpo. Adicionalmente, a distorção da imagem corporal é um dos fatores psicossociais que contribui para o curso de doenças crônicas e mentais. Assim, espera-se que os resultados deste estudo contribuam para o conhecimento e a reflexão sobre gênero, orientação sexual e imagem corporal na população brasileira.