SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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38994 - O SUS FORA DO ARMÁRIO: INTEGRALIDADE DA ATENÇÃO À SAÚDE PARA A POPULAÇÃO LGBT+ PAULA KATYWSKA GONÇALVES MONTES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, AMANDA MOURA DAHER - UNIGRANRIO, MIRIANE MENEZES LOVISI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, ICARO KELVIN BOTELHO DIAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Apresentação/Introdução No Brasil, o direito à saúde é fruto da luta do Movimento da Reforma Sanitária, garantido na Constituição de 1988. Apesar da Política Nacional de Saúde Integral LGBT assegurar a consolidação do SUS como um sistema universal, integral e equitativo, a população LGBT+ continua vulnerável quanto ao atendimento de seus direitos humanos e o acesso aos serviços públicos de saúde.
Objetivos O objetivo deste estudo é discutir alguns aspectos relativos à saúde da população Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), enfatizando a adequação dos atendimentos dos profissionais da atenção básica.
Metodologia As transformações das redes de saúde para o melhor atendimento da população LGBT+ também dependem das transformações no modo de pensar e de agir dos profissionais de saúde. Assim, é importante compreender as diferentes demandas e vulnerabilidades às quais a população LGBT está exposta.
Este estudo aborda a importância da atuação dos profissionais de saúde na atenção básica, estimulando o atendimento humanizado que respeite os direitos da população LGBT. O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica, através de consultas em artigos científicos e base de dados como Scielo, PubMed e revistas em formato digital. Os descritores utilizados foram: LGBT+, diversidade sexual, assistência.
Resultados A desconsideração sobre os modos de vivência da sexualidade da população LGBT+ põe a modalidade heterossexual de sexualidade como padrão, o que implica na efetividade das práticas preventivas, do atendimento e tratamento de pacientes LGBT+.
Os resultados obtidos com este estudo mostram que há falta de preparo dos profissionais de saúde para o acolhimento e atendimentos das demandas dessa população, não apenas com relação às demandas específicas como também às queixas básicas que são inerentes a todo o público em geral. Neste sentido, a dificuldade para manter a relação entre profissional de saúde e usuário coloca em dúvida a credibilidade do sistema de saúde.
Conclusões/Considerações É dever do SUS proporcionar justiça social, sem prejuízo de qualquer natureza. E equalizar o acesso as ações e serviços de saúde é uma forma de alcançar esta justiça social.
É mais que necessário haver mudanças na atuação dos profissionais na atenção primária. Em consonância com os princípios do SUS, a educação permanente para a capacitação dos profissionais de saúde possibilita o atendimento humanizado que respeite os direitos da população LGBT+.
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