Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38726 - RECONECTANDO VIDAS: O ACOLHIMENTO EM SAÚDE SOB O OLHAR DE PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS (PVHA)
ROSE FERRAZ CARMO - INSTITUTO RENÉ RACHOU, LARISSA CECÍLIA DOS SANTOS - INSTITUTO RENÉ RACHOU, RAFAEL SANN RIBEIRO - INSTITUTO RENÉ RACHOU, HELIANA CONCEIÇÃO DE MOURA - INSTITUTO RENÉ RACHOU, CARLOS MAGNO SILVA FONSECA - INSTITUTO RENÉ RACHOU, ZÉLIA MARIA PROFETA DA LUZ - INSTITUTO RENÉ RACHOU


Apresentação/Introdução
O acolhimento desde o momento da procura por serviços especializados para diagnóstico, é fundamental para adesão e continuidade do tratamento. Compreendendo o acolhimento como uma dimensão do cuidado integral e humanizado à saúde, o projeto Reconectando vidas propõe a reflexão sobre os elementos intervenientes no acolhimento a PVHA e a identificação de estratégias para dirimir seus efeitos.

Objetivos
Promover a reflexão sobre o cuidado integral e humanizado à saúde junto a PVHA.
- Identificar fatores que afetam as práticas de cuidado às PVHA com ênfase ao acolhimento nos serviços de saúde e estratégias para dirimir seus efeitos.


Metodologia
Foram realizadas 4 oficinas com 20 PVHA. As ferramentas de diálogo Árvore da vida e Diagrama de Venn convocavam os/as participantes a revisitarem suas vivências com o HIV/AIDS. A figura da árvore como metáfora pretendeu mobilizar os/as participantes para visualização de alternativas a suas vivências e a construção de novos significados. A representação, nos Diagramas de Venn, de grupos formais e informais em círculos de diferentes tamanhos e a reflexão sobre a correlação de forças entre esses círculos originou os produtos das oficinas: identificação de elementos que afetam a qualificação do acolhimento a PVHA e proposição de estratégias para dirimir seus efeitos

Resultados
A análise dos produtos das oficinas permitiu a categorização de 3 dimensões e estratégias a elas vinculadas: Estrutural - agregou o direito à saúde sexual e reprodutiva, o acesso aos serviços de saúde e o exercício da cidadania; Informacional- afeita aos processos comunicacionais de informação e desinformação atravessados pela mídia e pela ciência e que marcaram a história da epidemia de AIDS no Brasil. Relacional- onde as redes de apoio sociais e familiares incidiram diretamente e a relação com os trabalhadores/as da saúde foi descortinada, revelando desafios e potências do encontro com as PVHA e a importância do acolhimento humanizado e da escuta qualificada.

Conclusões/Considerações
Metáforas moralizantes sobre o HIV/AIDS e estigma permanecem modelando o acolhimento às PVHA. Acreditamos que a produção de conhecimentos ‘junto’ e não’ para’ as PVHA fortalece a reconstrução e a sustentabilidade das práticas de cuidado, especialmente o acolhimento. Compreendemos que a reconstrução dessas práticas e a solidariedade constituem o único caminho possível para reescrever uma nova história da epidemia da AIDS no Brasil.