Sessão Assíncrona


SA13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+: INTERSECCIONALIDADE, DIREITOS HUMANOS E CUIDADO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

38488 - DIFICULDADES E VIVÊNCIAS DA POPULAÇÃO TRANSEXUAL NO ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
JOÃO VÍTOR GUIMARÃES FARIAS - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA, ANA CAROLYNA SILVA FONTES - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA, PATRÍCIA DA COSTA TEIXEIRA - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA


Apresentação/Introdução
A população transexual vivencia obstáculos, dentre eles: atendimentos à saúde. Estes serviços, pautados em modelos biomédicos, heteronormativos, reforçam o preconceito, dificultando um atendimento adequado. Buscou-se promover uma análise sobre a promoção de saúde à população trans, as dificuldades enfrentadas no acesso aos serviços de saúde e propor reflexões relacionadas à prática assistencial.

Objetivos
Descrever sob a perspectiva da população transexual suas vivências acerca do atendimento recebido nos serviços de saúde e identificar a partir desta perspectiva uma reorientação da assistência à esta população respeitando e valorizando suas vivências.

Metodologia
Pesquisa de iniciação científica descritiva exploratória, com abordagem quali-quanti. Como critério de inclusão sujeitos transexuais maiores de 18 anos que aceitaram a participação no estudo através do TCLE. A escolha destes se deu em ambiente virtual no Facebook e Instagram. Participaram do estudo 15 indivíduos. A coleta de dados foi realizada por meio de formulário eletrônico on-line, criado a partir da plataforma Google Forms em entrevista semi-estruturada entre agosto a outubro de 2021. As informações obtidas foram armazenadas, analisadas e transcritas em nov. de 2021. Esta pesquisa foi submetida à aprovação do projeto no Comitê de Ética em Pesquisa da SMS/RJ, sob parecer 5.056.242. 731.

Resultados
Os dados obtidos foram subdivididos em: caracterização dos sujeitos, fatores socioeconômicos, avaliação do suporte familiar, avaliação da assistência de saúde prestada aos trans aferidas pelos mesmos e especificações dos serviços utilizados. Considerou-se, que os participantes desta pesquisa possuem melhor apoio, incentivo e proteção por parte de seus entes e próximos, configurando uma contraposição neste estudo. Porém, ainda identificaram-se relatos como: "para me vacinar recentemente foi um b.o porque os profissionais não sabiam do que se tratava nome social" apontando para uma qualidade de assistência despreparada e discriminatória.

Conclusões/Considerações
A obstaculização entre a assistência ideal e a real, dificulta o acesso e procura pelos serviços. O objetivo foi alcançado, posto que, identificaram-se inúmeras barreiras, em destaque a falta de capacitação da equipe de saúde para o cuidado à esta população, gerando violência emocional, discriminação e preconceito. Os poucos dados sociodemográficos e epidemiológicos do IBGE corroboram para a incipiência de estudos com esta população.