23/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC13.6 - SAÚDE DAS MULHERES, CUIDADO E REDES |
43128 - SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS A SÍNDROME DA ZIKA CONGÊNITA DE FILHOS NASCIDOS VIVOS DAS MULHERES DA COORTE ZIKA FORTALEZA
ADRIANO FERREIRA MARTINS - PPGSC / UFC, FRANCISCO MARTO LEAL PINHEIRO JÚNIOR - PPGSC / UFC, LIGIA REGINA FRANCO SANSIGOLO KERR - PPGSC / UFC, LÍVIA KARLA SALES DIAS - PPGSC / UFC, FRANCISCO GUSTAVO SILVEIRA CORREIA - PPGSC / UFC, ITALO WESLEY OLIVEIRA DE AGUIAR - PPGSC / UFC, CARLOS ERASMO SANHUEZA SANZANA - PPGSC / UFC, BERNARD CARL KENDALL - PPGSC / UFC
Apresentação/Introdução
A Síndrome da Zika Congênita (SZC) é constituída de manifestações apresentadas por crianças cujas as mães foram infectadas pelo vírus da zika (ZIKV) durante a gestação. Entre as sequelas destaca-se a microcefalia. Faz-se necessário evidenciar a prevalência das alterações relacionadas a SZC em nascimentos de crianças.
Objetivos
Estimar a prevalência de sinais e sintomas relacionadas a SZC de filhos nascidos vivos das mulheres da Coorte Zika Fortaleza (ZIF) e associar com os períodos pré-epidêmico e epidêmico.
Metodologia
Recorte da 1ª onda da ZIF realizada com 1.496 mulheres de 15 a 39 anos moradoras em Fortaleza-Ceará, Brasil, entre 2018 e 2019. De 1923 gestações referiram 1634 nascidos vivos. Os sinais e sintomas arguidos foram: neurológicas, auditivas, oculares, endócrinas, cardíacas, urinarias, microcefalia, prematuridade, dentre outros). Os pontos de corte entre os PPE (Período Pré-epidêmico) e PE (Período epidêmico) foi utilizado 2014 tendo em vista achados de Faria et al (2016) com introdução do ZIKV a partir de maio de 2013 adicionado tempo de uma gestão atermo). Realizado análise descritiva (frequências absolutas e relativas) e analítica (Odds Ratio (OR) e Intervalos de Confiança de 95% (IC).
Resultados
A prevalência foi de 6,0% (112) alterações respiratórias, 1,9% (37) dificuldade de sugar, 1,9% (36) alterações intestinais, 1,3% (26) alterações hepáticas, e 1,2% (23) alterações urinarias. Aumentaram dentre os períodos: alterações respiratórias de 5% no PPE para 9,4% no PE (OR 1,9: IC 1,3-2,9), a Hiperirritabilidade de 0,3% para 1,5% (OR 5,2: IC 1,4-18,8), as Alterações Urinárias de 0,7% para 2,0% (OR 2,8: IC 1,1-7,2), e as Alterações Cardíacas de 0,4% para 1,4% (OR 3,4: IC 1,1-11,3). Após o ajuste das OR somente mantiveram as associações as alterações respiratórias (OR 1,8: IC 1,3-2,7), alterações Urinárias (OR 12,2: IC 1,5-101,9) e a alterações cardíacas (OR 3,8: IC 1,2-12,7)
Conclusões/Considerações
O espectro da infecção pelo ZIKV está além do relatado na literatura. Houve aumento de quase todos os sinais e sintomas estudados. Alguns sinais e sintomas não demonstraram associação mas tiveram aumento. Estas prevalências são somente a ponta do iceberg do prejuízo causado. Aspectos socioeconômicos podem ter relação com dificuldades de acesso ao serviço de saúde e o não acompanhamento de crianças de mães que testaram positivo para Zika.
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