22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC13.5 - FEMINISMO, GÊNERO E SAÚDE COLETIVA |
41341 - SAÚDE COLETIVA, GÊNERO E FEMINISMO: AÇÕES DE UM GRUPO DE PESQUISA ANACELY GUIMARÃES COSTA - UNIVASF, ANNE VICTORIA ALVES LIMA - UNIVASF, ANA JULIA ALVES - UNIVASF, CRISLAYNE KALINE ALVES DE OLIVEIRA - UNIVASF, MAYARA MARQUES SANTANA - UNIVASF, MORGANA ROCHA ANDRADE - UNIVASF
Período de Realização A análise abrange o período 2019-2022, compreendendo o primeiro triênio do grupo de pesquisa.
Objeto da experiência
Relato crítico e reflexivo sobre a experiência de ensino-pesquisa-extensão em gênero, sexualidade e saúde em um curso de medicina no semiárido.
Objetivos Discutir as implicações do debate de gênero, sexualidade e das epistemologias feministas na graduação médica a fim de identificar quais são as contribuições e os desafios para a formação.
Metodologia Relato de experiência sobre as ações de ensino-pesquisa-extensão desenvolvidas por um grupo de estudos e pesquisas sobre gênero, sexualidade e saúde. São utilizadas metodologias ativas de ensino e perspectiva interseccional para promover rodas de conversa, cine-debate, lives, vivências com a comunidade interna e externa acerca da medicalização do corpo feminino, saúde LGBTI, violência contra a mulher, saúde das mulheres durante a pandemia.
Resultados No ensino, a inserção de conteúdos críticos relacionados à saúde coletiva, gênero e sexualidade contribui para ir além dos reducionismos biológicos no processo saúde-doença-cuidado. As ações de extensão com a comunidade interna e externa vêm ajudando a reduzir o impacto negativo provocado por estereótipos sexistas e discriminação de gênero. A pesquisa propicia uma abordagem destas temáticas diversa aos códigos patológicos e normativos das práticas sexuais e reprodutivas.
Análise Crítica As discentes participantes das atividades do grupo relatam maior autoconfiança e melhora nas habilidades de comunicação, melhor entendimento dos fenômenos, além do engajamento em problemas sócio-sanitários que extrapolam as abordagens biomédicas. Persistem desafios como o desinteresse por parte do público masculino, e o desinvestimento institucional na transversalidade destes aspectos teórico-conceituais.
Conclusões e/ou Recomendações O debate destes conteúdos na graduação de medicina tem se mostrado uma ação potente e necessária para a qualidade da assistência em saúde sexual e reprodutiva, e a efetivação de um cuidado integral, centrado na pessoa e suas demandas. Porém, ainda é necessário superar a fragmentação dos saberes das áreas biológicas e humanas para concretizar um processo educativo interdisciplinar.
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