Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC13.5 - FEMINISMO, GÊNERO E SAÚDE COLETIVA

39201 - REFLEXÕES SOBRE A SAÚDE MATERNO-INFANTIL NO CONTEXTO DE ALAGOAS DESDE A PERSPECTIVA INTERSECCIONAL
GEANE ARAÚJO DE LIMA - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, MARIELLE GIOVANNA DA SILVA TEIXEIRA - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, TELMA LOW SILVA JUNQUEIRA - DOCENTE DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, MARIA DANIELA NASCIMENTO SOUZA - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, MARIA BEATRIZ ROCHA DE ALENCAR - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, PIETRA MOREIRA GONZALEZ - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL, KEMILLY MARIANA MARTIM JACINTO - GRADUANDA DO INSTITUTO DE PSICOLOGIA/UFAL


Apresentação/Introdução
A hegemonia dos saberes biomédicos e tecnicistas instrumentaliza os corpos das pessoas gestantes e parturientes por parte da equipe de saúde, de modo a violar o direito à gestação e ao parto humanizado. A articulação entre as potencialidades da Rede Cegonha e a perspectiva do feminismo negro interseccional aponta para a construção de conhecimentos e práticas em saúde descolonizados.


Objetivos
Investigar os desafios e potencialidades identificados por trabalhadoras/es de saúde de Alagoas sobre o cuidado em saúde materno-infantil ofertado junto às pessoas usuárias gestantes, no acompanhamento pré-natal.


Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativa desenvolvida no marco de um projeto guarda-chuva que envolve 5 áreas da saúde - antropologia, enfermagem, medicina, nutrição e psicologia - fundamentada no tripé teórico-metodológico da Educação Permanente em Saúde, Interprofissionalidade e Feminismo negro interseccional. Realizou-se 12 entrevistas online com pessoas trabalhadoras da saúde vinculadas à atenção básica e maternidades públicas de Alagoas a partir de um convite para que compartilhassem como eram seus cotidianos de trabalho e uma experiência marcante na assistência ao pré-natal, com vistas a compreender os desafios e potencialidades identificados por elas.

Resultados
Treinamentos e formação da equipe interprofissional de pesquisadoras e pesquisadores, composta por discentes de graduação, de pós-graduação, trabalhadoras da saúde e docentes na temática central da pesquisa.
Realização das entrevistas online que possibilitaram uma aproximação com o cotidiano das pessoas trabalhadoras, com destaque para os desafios e potencialidades apontados por elas no acompanhamento pré-natal.
Análise das entrevistas a partir do referencial teórico-metodológico da pesquisa.
Identificação de práticas humanizadas e exitosas no contexto do SUS.
Re-conhecimento da violência obstétrica como uma questão primordial a ser prevenida no contexto do pré-natal.


Conclusões/Considerações
A pesquisa nos convidou a compreender a relevância social e sanitária de fomentar espaços de Educação Permanente em Saúde no contexto da gestação, parto e puerpério desde uma perspectiva interseccional e interprofissional, uma vez que possibilita promover práticas humanizadas que previnem violências e violações de direito no processo de gestar, parir e cuidar da pessoa parturiente e da(o) recém-nascida(o).