Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC13.1 - POPULAÇÃO LGBTQIA+, CUIDADO E DIREITOS HUMANOS NA SAÚDE – 1

42989 - TRANSEXUALIDADE: SABERES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
FRANCISCO JEAN GOMES DE SOUSA - UNIRIO, MARIANA DOS SANTOS GOMES - UNIRIO, ANA CAROLINA MARIA DA SILVA GOMES - UNIRIO, ANDREA FELIZARDO AHMAD - ESTÁCIO, CLAUDIA REGINA SANTOS RIBEIRO - UFF, KATHYLA KATERINE VALVERDE - UNIRIO, LUCIANE MARQUES ARAÚJO - UERJ, ADRIANA LEMOS - UNIRIO


Apresentação/Introdução
A transexualidade é entendida como uma não concordância entre sexo biológico e identidade de gênero. O não pertencimento a um padrão dominante na sociedade, além de desafiar as convenções sociais, implica em uma série de questionamentos sobre como as pessoas estão preparadas para lidar com as diferenças e as necessidades individuais requeridas por elas no campo da saúde.

Objetivos
Analisar o conhecimento de profissionais que atuam na Atenção Primária à Saúde sobre transexualidade e políticas de saúde destinadas a esse grupo.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. Os participantes da pesquisa foram Enfermeiros, Médicos, Técnicos de Enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde que trabalhavam em Unidades de Atenção Primária em Saúde, em que em algum momento de sua atuação profissional atenderam pessoas transexuais. Para captação dos participantes da pesquisa foi utilizada a técnica de bola-de-neve e a técnica de saturação teórica para determinação do grupo amostral e finalização das entrevistas, que foram realizadas por um questionário online. O tratamento e análise dos dados dos dados foi pela análise de conteúdo do tipo temático-categorial, e análise complementar pelo software IRaMuTeQ.

Resultados
Participaram da pesquisa 16 Enfermeiros, 9 Médicos, 12 Técnicos de Enfermagem e 18 Agentes Comunitários de Saúde. Dentre eles, 28 afirmam conhecer a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e 26 já ouviram falar sobre o Processo Transexualizador, é importante ressaltar que a maioria dos profissionais que conhecem tais políticas são enfermeiras/os e médicas/os. Além disso, alguns profissionais ainda remetem transexualidade a algo patológico e há determinada confusão ao utilizar termos relacionados à gênero e sexualidade, como identidade de gênero e orientação sexual, que foram usados como sinônimos por alguns participantes.

Conclusões/Considerações
Com base nos resultados, conclui-se que há pouco conhecimento e um despreparo em relação às demandas desse grupo. Os entrevistados trazem falas de igualdade, equidade e respeito, porém nota-se certa confusão acerca de conceitos sobre gênero e sexualidade. Logo, os mesmos precisam estar preparados, principalmente por atuarem em uma das portas de entrada do Sistema de Saúde e assim garantir e promover os direitos humanos em saúde desta população.