SA12.10 - INFORMAÇÃO E ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
44845 - USO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PELOS JOVENS DA COORTE RPS EM SÃO LUÍS, MARANHÃO NATÁLIA FONSECA - UFMA, FELIPE COSTA - UFMA, ANA PAULA SOUSA - UFMA, ADENILSON GALVÃO FILHO - UFMA, ALICE DE ABREU - UFMA, DEYSIANNE COSTA DAS CHAGAS - UFMA, MARIA TERESA SEABRA SOARES DE BRITTO E ALVES - UFMA
Apresentação/Introdução As tecnologias digitais de informação e comunicação apresentam uso em ascensão pelos jovens. Elas são caracterizadas como meios ágeis de relacionamento, de construção de identidade, saberes e lazer. Contudo, o uso em demasia pode tornar-se prejudicial, relacionando-se a distúrbios do sono, baixa autoestima, depressão e sobrepeso. Assim, é fundamental investigar a sua utilização pelos adolescentes.
Objetivos Esse estudo objetivou analisar o uso das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs) pelos jovens da coorte RPS em São Luís, MA.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal com dados da coorte de nascimento realizada em São Luís, Maranhão e intitulada “Determinantes ao longo do ciclo vital da obesidade, precursores de doenças crônicas, capital humano e saúde mental - RPS”. Essa coorte possui três fases. A primeira ao nascimento em 1997/1998, a segunda em 2006 (crianças de 7-9 anos) e a terceira em 2017, com 2.515 adolescentes de 18/19 anos. Neste trabalho, utilizou-se os dados do terceiro seguimento. Foram avaliadas variáveis socioeconômicas, meio de comunicação dos jovens, uso de aplicativos, acesso às redes sociais e tempo de tela (≤2 horas; mais de 2 até 5 horas; >5 horas) em diferentes tecnologias.
Resultados O maior percentual dos adolescentes era do sexo feminino (52,8%), tinha 18 anos (69,3%) e pertencia à classe econômica C (50,1%). 92,4% dos jovens utilizavam o WhatsApp, sendo essa a rede social mais usufruída, seguida pelo Facebook (85,3%). O acesso às redes sociais era diário e ocorria principalmente pelo celular (95,5%). Observou-se que os jovens utilizavam o celular (93,1%), usavam computador em casa (50,2%), assistiam TV diariamente (68,7%), não utilizavam videogame (78,5%) nem tablet (90,2%). A maioria relatou tempo total de tela >5 horas/dia (63,3%). No celular, o tempo de uso maior que 5 horas diárias foi prevalente (34,9%), enquanto nas outras telas foi o intervalo ≤2 horas/dia.
Conclusões/Considerações O estudo reforçou achados da literatura sobre o uso significativo das TDICs pelos jovens. As redes sociais tornaram-se ferramentas marcantes na vida juvenil e seu uso pode influenciar pensamentos e comportamentos. Sugere-se que o celular configura ferramenta importante de inclusão e acesso digital em comparação a outros meios. O tempo de tela exacerbado chama atenção para os possíveis efeitos deletérios ao desenvolvimento saudável desses jovens.
|