Sessão Assíncrona


SA12.10 - INFORMAÇÃO E ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

41520 - COMUNICAÇÃO COMO CONVOCAÇÃO PARA O CONHECIMENTO COLABORATIVO: ESTRATÉGIAS DA PESQUISA “PANDEMIA DE COVID-19 E PRÁTICAS REPRODUTIVAS DE MULHERES NO BRASIL
ANA PAULA DOS REIS - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA, NANDA DUARTE - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRAS/FIOCRUZ, CLÁUDIA BONAN - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRAS/FIOCRUZ), CECILIA MCCALLUM - FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS/UFBA; INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA/UFBA, GREICE MENEZES - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA, ANDREZA PEREIRA RODRIGUES - ESCOLA DE ENFERMAGEM ANNA NERY/UFRJ, ULLA MACEDO - INSTITUTO GONÇALO MONIZ/FIOCRUZ BAHIA, MAIARA DAMASCENO DA SILVA SANTANA - INSTITUTO DE SAÚDE COLETIVA, UFBA, DÉBORA CECÍLIA CHAVES DE OLIVEIRA - (NSTITUTO FERNANDES FIGUEIRAS/FIOCRUZ, DENISE NACIF PIMENTA - INSTITUTO RENÉ RACHOU/FIOCRUZ MINAS


Apresentação/Introdução
Diante da pandemia de Covid-19, pesquisadores precisaram adaptar métodos para assegurar a continuidade de estudos em meio às restrições impostas. O ambiente digital e os inquéritos online ganharam espaço nos esquemas metodológicos. Entre vantagens e limitações, o cenário coloca as estratégias de comunicação em evidência, deslocando-as da divulgação científica para a própria realização da pesquisa.

Objetivos
Descrever e analisar as estratégias de comunicação acionadas para tornar a pesquisa Pandemia de COVID-19 e práticas reprodutivas de mulheres no Brasil possível e colaborativa, e para mitigar problemas de sub-representação frequentes em pesquisas digitais.

Metodologia
Relato de caso do estudo realizado pelo Grupo de Pesquisa Gênero, Reprodução e Justiça (RepGen), parceria de Fiocruz, UFBA e UFRJ, de abordagem qualitativa e quantitativa. Na primeira etapa, foi desenvolvido inquérito online com circulação de questionário de julho a outubro de 2021. Na sequência, as mulheres que deixaram contato junto à pesquisa foram convidadas a escrever relatos sobre os efeitos da pandemia na sua vida, com foco em saúde sexual e reprodutiva, no blog Juntas na Pandemia. A terceira etapa envolve entrevistas individuais semiestruturadas

Resultados
A circulação do questionário envolveu conteúdo textual e gráfico, mídias sociais, engajamento da comunicação das instituições e provocação da imprensa especializada e geral. O monitoramento da adesão acionou respostas como construção de parcerias com organizações/grupos de mulheres com perfil subrepresentado, personalização de releases para estados com pouca ou nenhuma participação inicial e contato com influenciadoras digitais destas regiões. Estas estratégias alcançaram mais de 10 mil mulheres de todos os estados no Brasil. A convocação narrativa para o blog deu início a um repositório colaborativo de memórias da pandemia

Conclusões/Considerações
As iniquidades sociais se expressam também como desigualdades de acesso a tecnologias digitais, o que pode limitar a diversidade de contextos sociais alcançados por pesquisas online. A comunicação oferece estratégias para enfrentar esta questão e colocar pesquisadores e participantes em colaboração para a produção de conhecimento. A integração da comunicação ao processo da pesquisa foi inovadora e fundamental para seu alcance e sucesso