Sessão Assíncrona


SA12.9 - EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43348 - "OS SEGREDOS DE ALICE, INTERVENÇÃO PARA FAVORECER A LITERACIA EM EDUCAÇÃO MENSTRUAL, NO COMBATE À POBREZA MENSTRUAL, PARA REDUZIR A VULNERABILIDADES ENTRE ADOLESCENTES.
BEATRIZ FIORETTII-FOSCHI - GEMAS- FSP- USP


Período de Realização
Aplicação de piloto em Novembro de 2021, intervenção entre Março, Abril e Maio de 2022

Objeto da experiência
Desenvolvimento de uma intervenção para fomentar literacia sobre Educação Menstrual e aplicação da mesmo em rodas de conversa com adolescentes

Objetivos
Tradução do conhecimento científico, alinhado a agenda 2030, sobre Educação Menstrual (EM) como ferramenta pedagógica na promoção de habilidades em literacia em saúde, que favoreça o autoconhecimento, autocuidado e auxilie o sistema de Saúde Pública na redução de vulnerabilidades dos adolescentes.

Metodologia
Informações científicas atualizadas sobre (EM) tiveram a sua linguagem simplificada e integradas à cores, ilustrações, emojis e infográficos. Os personagens do conto “Alice no país das maravilhas” dialogam com a anatomia, hormônios, menarca, puberdade, formas de coletar de fluxo, sintomas e tabus. A intervenção foi publicada em formato de livro e apresentada presencialmente a adolescentes em cinco rodas de conversa (escolas privadas, públicas e ONGs periféricas) no estado de São Paulo.

Resultados
Cada intervenção “Os Segredos de Alice, durou entre 60 a 120 min, os adolescentes tinham entre 14 e 19 anos (n= 1160). A associação com os personagens trouxeram diversão e retenção do conhecimento em (EM). Houveram discussões sobre: saúde física, mental e emocional; inclusão, gênero, diversidade, e proteção ao meio ambiente. Professores continuaram com os temas em sala de aula. A participação dos adolescentes do sexo masculino foi surpreendente. Surgiram ações e iniciativas de alunos em redes sociais

Análise Crítica
A (EM) é um dos três pilares do combate à pobreza menstrual precedido da dignidade menstrual e saneamento básico (UNESCO, 21). A (EM) abre uma oportunidade falar de corpo, menarca e Educação Sexual Integral, temas que promovem as ODS 3,4 e 5 na agenda 2030 e não estão no currículo escolar. Adolescentes que aprendem com seus pares, na internet e através das próprias experiência podem ficar mais vulneráveis e sujeitos a riscos de gestação, sua saúde, frustrações e situações abusivas.

Conclusões e/ou Recomendações
A tradução do conhecimento científico em linguagem acessível e atualizadas pode auxiliar escolas e adolescentes no desenvolvimento da habilidades em literacia em saúde, na promoção do autoconhecimento, a autoconfiança, o autocuidado. A (EM) além de combater à pobreza menstrual, pode favorecer a superar tabus e poderá ser a porta de entrada de temas relacionados a gênero e sexualidade, além de engajar os adolescentes na disseminação das informações.