SA12.9 - EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39717 - PROMOÇÃO À SAÚDE COLETIVA E SEXUALIDADE INFANTO-JUVENIL NO ÂMBITO ESCOLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DE MEDICINA ISABELLY SILVA DE OLIVEIRA - FCMMG, JÚLIA CORRÊA - FCMMG, CECILIA MARIA LIMA CARDOSO FERRAZ - FCMMG
Período de Realização Foi realizado 4 oficinas entre os meses de abril e junho de 2022 com intervalo de 15 dias entre elas
Objeto da experiência O público-alvo foram alunos, na faixa etária de 10 a 12 anos, da E. E. Dona Augusta Gonçalves Nogueira, situada na comunidade Santa Lúcia, BH -MG
Objetivos O objetivo das oficinas foi abordar e debater sobre a sexualidade e suas singularidades no contexto da adolescência - incluindo efeitos da puberdade, higiene íntima, consentimento, assédio e infecções sexualmente transmissíveis - com os alunos, dando ênfase na promoção da saúde.
Metodologia Empregou-se a estratégia de rodas de conversas separadas por sexo entre o público-alvo e os acadêmicos de Medicina da Faculdade CMMG. No início de cada encontro, perguntava-se sobre o entendimento dos alunos sobre o assunto que seria abordado no dia e suas opiniões para medição do conhecimento e dos limites da abordagem. Após isso, foi contextualizado e debatido cada tópico pelos acadêmicos, utilizando imagens, exemplos pessoais e respondendo perguntas anônimas escritas no início do dinâmica.
Resultados Observou-se que o projeto surtiu maior repercussão no grupo das meninas, visto que elas foram mais participativas, demonstraram maior interesse e realizaram perguntas coerentes em todos os encontros. Analisou-se que, à medida que as oficinas ocorriam, as alunas conseguiam relacionar os temas abordados. Além disso, percebeu-se o amadurecimento no entendimento e compreensão delas envolvendo, principalmente, sexualidade, menstruação e mudanças corporais e comportamentais no corpo feminino.
Análise Crítica Compreendeu-se que o grupo das meninas, na faixa etária abordada, esta mais maduro e preparado para tais assuntos, além de já terem uma percepção crítica mais aflorada e decisiva sobre assuntos delicados como assédio, violência sexual e gravidez precoce. Isso pode ser relacionado à possibilidade de já terem presenciado ou sofrido contextos parecidos, como foi relatado em alguns encontros aos estudantes de Medicina.
Conclusões e/ou Recomendações As oficinas evidenciaram a importância da promoção da saúde coletiva na população infantojuvenil de comunidades dependentes do SUS, além de permitirem identificar a defasagem da educação em ofertar o conhecimento sobre puberdade e sexualidade, que são limitadas ao âmbito familiar e não são vistas como uma questão de saúde. Compreender esses limites ajuda futuros estudos a adaptarem sua metodologia para que suas intervenções sejam efetivas.
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