Sessão Assíncrona


SA12.7 - VIGILÂNCIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43397 - PREVALÊNCIA DE CHLAMYDIA TRACHOMATIS ENTRE ADOLESCENTES E JOVENS HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS (HSH) DE 15 A 24 ANOS NO MUNICÍPIO DE VITÓRIA DA CONQUISTA – BA
THAISE SILVA ROCHA - UFBA, LUCAS MIRANDA MARQUES - UFBA, GUILHERME BARRETO CAMPOS - UFBA, DANIELLE MEDEIROS - UFBA, MÔNICA PEREIRA CARNAÚBA - UFBA, VALDIELE DE JESUS SALGADO - UESC, LAIO MAGNO - UFBA, HENRIQUE INÁCIO LIMA DE BRITO - UFBA, FABIANE SOARES - UFBA, INÊS DOURADO - UFBA


Apresentação/Introdução
Chlamydia trachomatis (CT) é a infecção bacteriana sexualmente transmissível (IST) mais prevalente no mundo, principalmente na população de homens que fazem sexo com homens (HSH). Além disso, adolescentes e jovens são afetados de forma desproporcional, e infecções não tratadas em sítios extragenitais contribuem para manter a cadeia de transmissão.

Objetivos
O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de Chlamydia trachomatis entre adolescentes e jovens HSH, de 15 a 24 anos, no município de Vitória da Conquista – BA.

Metodologia
Estudo transversal, com adolescentes e jovens HSH de 15 a 24 anos, residentes em Vitória da Conquista – BA. O recrutamento foi pela técnica de amostragem dirigida pelo participante (RDS). Dados demográficos e amostras biológicas (swabs nos sítios anal, uretral e oral) foram coletados em centro de referência para IST. A detecção de CT foi feita por meio do diagnóstico molecular (qPCR). Estimativas de prevalências e intervalos de confiança 95% (IC95%) foram realizadas para a infecção em cada sítio anatômico e em pelo menos um dos sítios. A relação entre a ocorrência de IST e variáveis selecionadas foi avaliada pelo teste qui-quadrado, considerando p<0,05, através do programa Stata 15.1.

Resultados
Foram recrutados 111 HSH. Destes, a maioria tinha entre 20-24 anos (85,6%), se declarou negro (59,5%), era homossexual (57,7%), estudante (75,7%), e 106 (95,5%) realizaram a coleta em todos os sítios anatômicos. A prevalência de CT foi de 7,5% (IC95%: 3,8-14,5%). Por sítio anatômico, a prevalência de CT foi de 3,7% (IC95%: 1,4-9,6%, n=107), 3,8% (IC95%1,4-9,7%, n=106) e 1,9% (IC95%: 0,5-7,5%, n=106) nas amostras oral, anal e uretral, respectivamente. Do total de participantes com teste reagente para CT, 50,0% foram detectados pela amostra oral.

Conclusões/Considerações
As prevalências de CT observadas foram altas e metade das amostras reagentes eram oriundas do sítio oral. Geralmente, nos serviços de saúde, a testagem de rotina para CT no sítio oral não é realizada. Assim, esses indivíduos teriam oportunidade perdida de diagnóstico e de tratamento. Esse achado pode contribuir no debate de diretrizes nacionais para adoção desta prática como medida de controle da transmissão.