SA12.7 - VIGILÂNCIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39800 - AUTOCORRELAÇÃO E CORRELAÇÃO CRUZADA DAS INTERNAÇÕES POR SÍFILIS E HIV/AIDS NA BAHIA SAMUEL JOSÉ AMARAL DE JESUS - UEFS, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, ALOÍSIO MACHADO DA SILVA FILHO - UEFS
Apresentação/Introdução A prevalência da sífilis tem sido maior entre as pessoas diagnosticadas com HIV, comparadas às que não são portadoras do vírus. Este fato leva a refletir, principalmente, sobre a vulnerabilidade social e os processos de adesão do indivíduo às orientações em saúde, visto que os aspectos comportamentais em geral se sobrepõem aos imunológicos.
Objetivos Identificar e estimar a autocorrelação e correlação cruzada das séries temporais das taxas de internação por sífilis e HIV/Aids no Estado da Bahia, no período de 2000 a 2020.
Metodologia Estudo ecológico de base temporal, realizado a partir dos dados de internação provenientes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), de acordo com a CID-10, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As análises foram realizadas através do método Detrended Fluctuation Analysis (DFA), que caracteriza autocorrelações de longo alcance nas séries com tendência; e do coeficiente de correlação cruzada ρDCCA, que é empregado para quantificar o nível da correlação.
Resultados Houve comportamento persistente para as séries temporais de internação por sífilis e HIV/Aids (αDFA > 0,50), além de correlação cruzada negativa fraca entre as taxas (< -0,20), sendo estatisticamente significativa somente a autocorrelação da sífilis. Para a sífilis, também foi constatado que houve um crescimento considerável das taxas a partir de 2012, com acentuação no ano de 2018. Enquanto para o HIV/Aids, nota-se que houve uma tendência de crescimento ao longo de toda a série temporal, salientando que a mesma apresentou mais estabilidade.
Conclusões/Considerações Acredita-se que o comportamento descrito tende a ocorrer em longo prazo e poderá se repetir nos próximos anos, caso não sejam realizadas intervenções que contribuam para a reversão. A educação em saúde se torna a principal ferramenta de orientação dos usuários sobre práticas sexuais, em respeito às construções de gênero e aos determinantes sociais que interferem no processo saúde-doença, a começar pela Atenção Primária à Saúde.
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