SA12.7 - VIGILÂNCIA E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39019 - INTERNAÇÕES POR SÍFILIS E HIV/AIDS NAS REGIÕES DE SAÚDE DA BAHIA SAMUEL JOSÉ AMARAL DE JESUS - UEFS, NILTON DE SOUZA RIBAS JÚNIOR - UEFS, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS, ALOÍSIO MACHADO DA SILVA FILHO - UEFS
Apresentação/Introdução A sífilis e o HIV/Aids se tornaram um grande desafio para a saúde pública, não somente pelas repercussões e elevação dos casos, mas principalmente pelos riscos associados à coinfecção, gestação e transmissão vertical. A maior parte das internações por essas doenças acontece entre os sujeitos jovens, em especial quando não ocorre a devida adesão ao tratamento, fato que agrava as manifestações.
Objetivos Analisar as hospitalizações por sífilis e HIV/Aids nas Regiões de Saúde da Bahia, segundo aspectos temporais e espaciais, no período de 2008 a 2020.
Metodologia Estudo ecológico misto, realizado com os dados de internações provenientes do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), de acordo com os códigos da CID-10. Os dados populacionais e de raça/cor foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população do estudo foi composta pelos sujeitos adultos de ambos os sexos, internados com diagnóstico de sífilis ou HIV/Aids, em consideração à região de residência. Foram executadas a análise descritiva dos dados, bem como a estimativa da tendência temporal, através do modelo de regressão linear simples com correção de Prais-Winsten (PW).
Resultados Houve 372 internações por sífilis (0,2 casos / 100.000 hab.), com prevalência entre os jovens de 18 a 28 anos (32,5%) e da raça/cor negra (89,6%). As maiores taxas foram encontradas nas regiões de saúde de Itabuna, Ilhéus, Paulo Afonso, Salvador. Houve tendência temporal crescente, sendo o comportamento da sífilis estatisticamente significante. Para o HIV/Aids, foram contabilizadas 10.281 internações (5,2 / 100.000 hab.), com destaque aos sujeitos de 29 a 39 anos (39,0%) e à raça/cor negra (86,8%). Houve prevalência nas regiões de saúde de Salvador, Camaçari, Teixeira de Freitas, Seabra. Mas não houve significância estatística para a tendência temporal de HIV/Aids, que também foi crescente.
Conclusões/Considerações Nas Regiões de Saúde da Bahia observou-se a vulnerabilidade dos jovens negros quanto às infecções por sífilis e HIV/Aids. Os achados podem ser relacionados ao comportamento sexual do paciente, falta de acesso às informações, métodos de prevenção, e aos serviços de saúde a partir da Atenção Básica. É preciso avaliar as políticas existentes e implementar novas iniciativas de controle e prevenção, como também superar as iniquidades sociais em saúde.
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