SA12.6 - EPIDEMIOLOGIA, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42826 - QUALIDADE DE VIDA NO PACIENTE COM CARDIOPATIA CHAGÁSICA: AVALIAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA PELO PATIENT GENERATED INDEX SOFIA FRÓIS FERNANDES DE OLIVEIRA - UFVJM, LUCAS FRÓIS FERNANDES DE OLIVEIRA - UFVJM, MATHEUS RIBEIRO ÁVILA - UFVJM, WHESLEY TANOR SILVA - UFVJM, KEITY LAMARY SOUZA SILVA - UFVJM, PEDRO HENRIQUE SCHEIDT FIGUEIREDO - UFVJM, HENRIQUE SILVEIRA COSTA - UFVJM
Apresentação/Introdução A doença de Chagas é um grave problema de saúde pública na América Latina, sendo a forma cardíaca da doença, denominada de cardiopatia chagásica, a sua manifestação clínica mais grave. Cercada por estigmas, medo da morte e com limitações nas atividades diárias, a doença é determinante na qualidade de vida dos pacientes, sendo necessária a avaliação quanti e qualitativa da mesma.
Objetivos Verificar a qualidade de vida reportada pelos pacientes com cardiopatia chagásica, demonstrada quanti e qualitativamente.
Metodologia Foram avaliados 18 pacientes com diagnóstico clínico de cardiopatia chagásica, sendo 11 mulheres e 7 homens. A qualidade de vida foi avaliada pelo Patient Generated Index (PGI), um instrumento genérico de avaliação da qualidade de vida. A avaliação possui componentes quanti e qualitativos. Na primeira fase, o paciente reporta os itens que mais impactam na sua qualidade de vida (máximo 5 itens), sem perguntas pré-determinadas, compondo a fase qualitativa. Na fase quantitativa, o paciente relata numericamente a intensidade com que esses itens impactam na qualidade de vida, gerando um escore. Quanto mais próximo de 100, melhor a qualidade de vida do paciente.
Resultados O escore médio encontrado no PGI foi de 74,4±26,6. Não houve diferença no escore encontrado entre homens e mulheres (78,3±26,7 versus 71,9±27,5, respectivamente; p=0,633). Na avaliação qualitativa, os itens reportados que impactaram na qualidade de vida do paciente com cardiopatia chagásica foram a dificuldade na realização de atividades de vida diária (reportada por 14 pacientes), insegurança e medo da morte (5 pacientes), fraqueza e/ou dispneia (4 pacientes), dificuldades em atividades laborais (4 pacientes), depressão (3 pacientes) e isolamento social (1 paciente).
Conclusões/Considerações A qualidade de vida do paciente com cardiopatia chagásica pode estar comprometida, sem diferenças entre homens e mulheres. Os componentes físicos, mentais e relacionados às atividades laborais foram os mais citados, podendo guiar intervenções clínicas, servir de base para questionários específicos para a população e auxiliar as políticas públicas de saúde.
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