SA12.6 - EPIDEMIOLOGIA, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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39856 - PREVALÊNCIA DE CONHECIMENTO, TRATAMENTO E CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL NO BRASIL MARIA ALICE SOUZA VIEIRA - UFMG, MARIANA SANTOS FELISBINO MENDES - UFMG, GUSTAVO VELASQUEZ MELENDEZ - UFMG, LUÍS ANTÔNIO BATISTA TONACO - UFMG
Apresentação/Introdução A Hipertensão Arterial (HA) é o principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, contribuindo para o aumento das mortes e incapacidades no mundo. Pesquisas que estimam a prevalência de conhecimento do diagnóstico, tratamento e controle da HA, evidenciam resultados alarmantes. No Brasil, os resultados são regionais e com alta variabilidade, limitando-se em termos de generalização.
Objetivos Estimar a prevalência de conhecimento sobre o diagnóstico, tratamento e controle da HA na população adulta brasileira segundo fatores sociodemográficos.
Metodologia Estudo transversal, descritivo utilizando dados de 59.226 indivíduos que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2013. Estimou-se a prevalência geral de conhecimento, tratamento e controle da HA na população adulta brasileira e de acordo com as características sociodemográficas (sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, estado civil, zona de moradia e região) e de acesso (plano de saúde). Os desfechos foram definidos com base nas medidas aferidas da pressão arterial, no diagnóstico autorreferido da HA e no uso de medicação anti-hipertensiva. Foram calculados os intervalos de 95% de confiança das estimativas e considerou-se a amostra complexa da PNS para obter dados populacionais.
Resultados A prevalência de hipertensão na população brasileira foi de 32,3% (IC95%: 31,7 - 33,1), maior na faixa etária de 60 anos ou mais, da raça/cor autodeclarada preta, com baixa escolaridade, vivendo sem companheiro, nas regiões Sul e Sudeste. Aproximadamente 60,8% (IC95% 59,5 - 62,1) dos hipertensos têm conhecimento do seu diagnóstico, 90,6% (IC95% 89,5 - 91,6) deles realizam tratamento medicamentoso e desses, 54,4% (IC95%52,6 - 56,2) apresentaram níveis pressóricos aceitáveis. As prevalências desses desfechos foram maiores nas mulheres, nos indivíduos que vivem na zona urbana do país, sem companheiro e com plano de saúde.
Conclusões/Considerações Subgrupos populacionais com antecedentes de melhor acesso a saúde mulheres, posse de plano de saúde, maior escolaridade e residentes em áreas urbanas apresentaram maiores prevalências de conhecimento, tratamento e controle dos níveis pressóricos. Os serviços de saúde devem-se atentar para população de maior vulnerabilidade com foco no rastreio da HA e no acompanhamento daqueles em uso de anti-hipertensivos para o efetivo controle do agravo.
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