SA12.6 - EPIDEMIOLOGIA, DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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38972 - ‘ESTE É MEU PRIMEIRO TESTE E TAMBÉM, PROVAVELMENTE, O ÚNICO’: A BUSCA POR TESTAGEM RÁPIDA ANTI-HIV ENTRE PESSOAS DE IDADE SUPERIOR A 30 ANOS QUE NUNCA SE TESTARAM CAROLINA PIMENTEL BATITUCCI - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - USP, SAMARA MORAIS DOS SANTOS - AHF BRASIL, DANIELE APARECIDA CARDOSO DA SILVA - CASA DE MARIAS
Apresentação/Introdução A aids foi identificada em 1981 e a epidemia de seu agente causador (HIV) representou um marco na história como fenômeno dinâmico, global e instável. No Brasil, os primeiros testes surgem para os bancos de sangue e, após 1987, passam a ser gratuitos, confidenciais e anônimos, destinadas a ‘grupos de risco’. Atualmente podem ser rápidos (20 minutos), sem exigência de estrutura laboratorial.
Objetivos Principal: Descrever motivos que levaram pessoas a nunca terem feito testagem anti-HIV. Objetivo específico: Identificar possíveis falhas programáticas e de comunicação em campanhas de prevenção, analisando informações dos entrevistados sobre o HIV.
Metodologia Esta pesquisa foi realizada em ambulatório de São Paulo/SP. Seu projeto foi submetido na Plataforma Brasil e sua realização aprovada pelo Comitê de Ética da instituição. Participaram oito pessoas com idades a partir de 30 anos e que realizaram teste anti-HIV pela primeira vez. Os participantes foram abordados por telefone, mediante prévia autorização em cadastro. As informações foram coletadas a partir de entrevistas presenciais de roteiro semiestruturado, estimulando que falassem livremente sobre como enxergam o HIV/aids, percepções sobre suas vulnerabilidades à infecção e avaliações sobre serviços e campanhas de prevenção. O conteúdo foi gravado, transcrito, categorização e analisado.
Resultados Ainda que os entrevistados apresentassem alto grau de escolaridade e tenham dito possuir discernimento entre o período inicial da epidemia de aids e o momento atual, os resultados demonstraram existir imagens negativas associadas à infecção, remetendo ao medo e à infelicidade. Todos os participantes mantinham informações desatualizadas e estigmatizantes sobre pessoas vivendo com HIV, associando a infecção a comportamentos e identidades. Em relação a prevenção, a maioria mencionou a camisinha como único método, com uma citação sobre PEP. Todos os participantes se lembravam de campanhas e comunicações midiáticas antigas e disseram acreditar que as informações veiculadas tem diminuído.
Conclusões/Considerações Parece sintomático que aspectos da Prevenção Combinada sejam desconhecidos pelos entrevistados. As imagens construídas, tanto sobre o viver com HIV como em relação aos métodos de prevenção, seguem sem acompanhar os avanços tecnológicos. Assim, a procura espontânea por testagem anti-HIV se mantém baixa, principalmente entre populações que não se veem representadas em campanhas. É preciso aperfeiçoar informações e melhorar o alcance das comunicações.
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