Sessão Assíncrona


SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

43686 - UTILIZAÇÃO DOS MEDICAMENTOS DA PRIMEIRA LINHA PARA O TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA DE BAIXA OU MODERADA ATIVIDADE NO SUS
AMANDA OLIVEIRA LYRIO - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, FELIPE FERRÉ - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, ANTÔNIO MARCOS SANTANA BARREIRA - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, SAMARA HELENA DE CARVALHO - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, CLEMENTINA CORAH LUCAS PRADO - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, ANA CAROLINA DE FREITAS LOPES - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, TACILA PIRES MEGA​ - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS, VANIA CRISTINA CANUTO SANTOS - DEPARTAMENTO DE GESTÃO E INCORPORAÇÃO DE TECNOLOGIAS E INOVAÇÃO EM SAÚDE – DGITIS/SCTIE/MS


Apresentação/Introdução
O monitoramento das tecnologias em saúde incorporadas no SUS ainda se mostra desafiador, visto que os Sistemas de Informações em Saúde do SUS estão desagregados. Contudo, por meio da Sala Aberta de Situação de Inteligência em Saúde (SABEIS) é possível apresentar o cenário de utilização dessas tecnologias e prover informações com dados de mundo real para apoiar a tomada de decisão em saúde. 

Objetivos
Avaliar a utilização dos medicamentos da primeira linha para o tratamento de esclerose múltipla de baixa ou moderada atividade no SUS a fim de possibilitar o monitoramento de tecnologias em saúde incorporadas no SUS. 

Metodologia
Foram resgatadas todas as informações, entre 2018 e 2021, disponíveis na Sala Aberta de Situação de inteligência em Saúde (SABEIS) que estavam vinculadas ao PCDT da Esclerose Múltipla, de acordo com a CID-10 G35, e aos medicamentos da primeira linha (betainterferona 1A e 1B, glatirâmer, teriflunomida, fumarato de dimetila ou azatioprina).  Foi avaliada a frequência e distribuição dos usuários em uso dos tratamentos. A persistência foi avaliada por meio da curva de Kaplan-Meier sendo considerado como não-persistência um período maior que 3 meses sem registro de retirada dos medicamentos.

Resultados
Em 2018, 15.063 usuários do SUS se encontravam em uso dos medicamentos da 1° linha para o tratamento de esclerose múltipla de baixa ou moderada atividade, com 17.743 usuários em 2021. Dos medicamentos avaliados, a betainterferona 1A foi o que apresentou maior redução do número de usuários (72%), mas foi o mais utilizado em 2021 (31% dos usuários). O segundo medicamento mais utilizado em 2021 foi o fumarato de dimetila (29% dos usuários). Somente no tratamento com fumarato de dimetila a persistência dos usuários mostrou-se superior a 50% após 3 anos. A transferência de tratamento dos usuários em 2021 foi baixa, sendo a maior migração para o fumarato de dimetila, seguido da teriflunomida.

Conclusões/Considerações
Através da SABEIS foi possível ter um panorama da utilização dos medicamentos para o tratamento de esclerose múltipla no SUS. Identificou-se a quantidade de usuários em uso de cada medicamento, aqueles utilizados com mais frequência e quais deles apresentaram maior retração no uso ao longo dos anos, além da persistência dos usuários em cada medicamento, um critério importante para permitir a avaliação da efetividade no contexto de vida real.