Sessão Assíncrona


SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42996 - PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À AUTOPERCEPÇÃO DE ESTRESSE EM ESCOLARES DO ENSINO MÉDIO
VERÍSSIMO SANTOS DE JESUS - UESB, LÁINY MARQUES DOS SANTOS - UESB, LUCAS DOS SANTOS - UESB, HÉCTOR LUIZ RODRIGUES MUNARO - UESB


Apresentação/Introdução
Na adolescência, às emoções, sentimentos e desejos são manifestações da afetividade, expressadas em situações difíceis de controlar, as quais podem culminar em estresse e ansiedade. Tal conjuntura remete um panorama extremamente adverso, haja vista às repercussões adversas que podem ocorrer, a exemplo do isolamento, depressão, pensamento suicida e mortalidade.

Objetivos
Identificar a prevalência e os fatores associados à autopercepção de estresse em escolares do ensino médio.

Metodologia
Trata-se de um estudo epidemiológico, com delineamento transversal, conduzido com 1.191 estudantes (58,1% mulheres; 78,8% com idade <17 anos) do ensino médio, de 12 escolas estaduais de Jequié-BA, selecionados por meio de uma amostragem aleatória simples (conglomerados). A variável dependente analisada foi a autopercepção de estresse (presença ou ausência). Enquanto as variáveis independentes foram: aspectos sociodemográficos, comportamentais e de condições saúde. Para as análises foi utilizada a regressão múltipla de Poisson, com estimador robusto, cálculos das Razões de Prevalência (RP) e seus respectivos Intervalos de Confiança (IC) de 95,0%.

Resultados
Entre os participantes observou-se prevalência de autopercepção de estresse na ordem de 16,4%. Ademais, verificou-se que o sexo feminino (RP: 1,48; IC95%: 1,12-1,97), consumo de álcool (RP: 1,42; IC95%; 1,07-1,90), tabagismo (RP: 1,58; IC95%: 1,01-2,47) e autopercepção de saúde ruim/péssima (RP: 1,66; IC95%: 1,28-2,16) remeteram maior probabilidade para desfecho estudado.

Conclusões/Considerações
Identificou-se elevada prevalência de autopercepção de estresse entre os participantes do estudo, principalmente nas meninas, entre os adolescentes que faziam uso de álcool e/ou tabaco, e nos que autorreferiram percepção de saúde ruim ou péssima. Diante disto, recomendamos, que as escolas desenvolvam atividades e projetos voltados para saúde mental na adolescência, possibilitando aos adolescentes serem sujeitos ativos desse processo.