SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
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42653 - PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PARTICIPANTES DO NUTRINET BRASIL AGNES DAY ALVES - USP, LAURA LUCIANO SCACIOTA - USP, MARIA ALVIM LEITE - USP, MAYRA FIGUEIREDO BARATA - USP, MARIA LAURA LOUZADA - USP, CARLOS AUGUSTO MONTEIRO - USP, RENATA BERTAZZI LEVY - USP
Apresentação/Introdução Doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) compreendem doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas e representam hoje um dos maiores desafios para a saúde pública no Brasil e no mundo. A hipertensão arterial, além de ser fator de risco para outras doenças, como as do coração, cérebro e rim, é uma das principais causas de morbimortalidade no mundo.
Objetivos Descrever a prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS), segundo características sociodemográficas em adultos no baseline da coorte NutriNet Brasil.
Metodologia Estudo de corte transversal com participantes da coorte NutriNet Brasil. Essa coorte, feita totalmente online, acompanha brasileiros com o objetivo de identificar características de padrões alimentares que se relacionam com o risco de desenvolvimento de DCNT. Foram incluídos os participantes da coorte inscritos até maio de 2022 que responderam à pergunta sobre receber o diagnóstico de HAS no baseline. Foram geradas as prevalências de HAS segundo as variáveis demográficas sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade, macrorregião de moradia e renda.
Resultados Foram incluídos 78.020 participantes. Foi observada uma prevalência de hipertensão arterial de 17,05% entre eles. Os participantes residentes da região sudeste apresentaram a maior prevalência de hipertensão (18,32%) entre as macrorregiões do país. Verificou-se uma prevalência maior entre os homens (23,24%) e entre os que têm mais de 60 anos (41,03%). Participantes com menor escolaridade (33,48%), com menor renda (13,39%) e que se declaram pretos ou pardos (17,95%) tiveram uma prevalência maior do desfecho.
Conclusões/Considerações A alta prevalência de HAS e as diferenças encontradas evidenciam a necessidade de intensificar atividades que contribuam para a prevenção desse agravo, como o incentivo à alimentação saudável e prática de atividade física, dando mais atenção a estratos específicos da população, atenuando danos aos indivíduos e poupando gastos públicos com tratamentos de média e alta complexidade.
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