Sessão Assíncrona


SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

42475 - PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO E OBESIDADE NO ESTUDO DE COORTE NUTRINET BRASIL
LAURA LUCIANO SCACIOTA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - USP, AGNES DAY ALVES - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - USP, MARIA ALVIM LEITE - FACULDADE DE MEDICINA - USP, MAYRA FIGUEIREDO BARATA - FACULDADE DE MEDICINA - USP, MARIA LAURA LOUZADA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - USP, CARLOS AUGUSTO MONTEIRO - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - USP, RENATA BERTAZZI LEVY - FACULDADE DE MEDICINA - USP


Apresentação/Introdução
O excesso de peso e a obesidade têm aumentado nas últimas décadas no Brasil, tornando-se um problema de saúde pública. O Estudo NutriNet Brasil é uma coorte prospectiva que coleta informações, de forma online e com participação voluntária, sobre saúde e alimentação de adultos brasileiros a fim de investigar a relação entre padrões de alimentação e o desenvolvimento de doenças crônicas

Objetivos
Descrever a prevalência de excesso de peso e obesidade segundo características sociodemográficas em adultos no baseline da coorte NutriNet Brasil.

Metodologia
Estudo de corte transversal com participantes da coorte NutriNet Brasil. Foram selecionados participantes inscritos até maio de 2022 e excluídos os respondentes com valores missing para alguma variável estudada ou com valores autorrelatados de peso e altura implausíveis. As prevalências de excesso de peso (IMC≥25kg/m2) e obesidade (IMC≥30 kg/m2) foram apresentadas para o total da amostra e segundo as variáveis sociodemográficas sexo, idade, raça/cor, escolaridade, classe econômica (A1 e B1; B2; C1; C2) e macrorregião de residência.

Resultados
Foram estudados 11.816 indivíduos. Dentre eles, 89,2% eram do sexo feminino; 47,5% tinham entre 40 e 59 anos; 71,2% eram brancos; 78,4% com ensino superior completo; 48,9% eram pertencentes a classe C1; e 64,8% moravam na região sudeste. A prevalência de excesso de peso e obesidade foi maior entre os homens (57,5% e 22,2%); as pessoas que se declararam pretas ou pardas (52,9% e 23,5%); com idade entre 40 e 59 anos (57,2% e 22,7%); com menor escolaridade (66% e 37,1%) e menor renda (56,1% e 32,4%). Residentes da região norte apresentaram maiores prevalências de excesso de peso (53,4%) e residentes da região sudeste apresentaram maiores prevalências de obesidade (21%).

Conclusões/Considerações
As altas prevalências de excesso de peso e obesidade encontradas, principalmente na população com menor escolaridade, menor renda e pretas ou pardas, apontam para a necessidade do fortalecimento de políticas públicas focais para a prevenção do excesso de peso e obesidade e para promoção da saúde.