SA12.5 - EPIDEMIOGIA, DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
42296 - AVALIAÇÃO DAS QUESTÕES DE SAÚDE FÍSICA ENTRE USUÁRIOS DE CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM UM MUNICÍPIO PAULISTA DE MÉDIO PORTE CARLOS ALBERTO DOS SANTOS TREICHEL - UNICAMP, ANA LAURA SALOMÉ LOURENCETTI - UNICAMP, MARIA GIOVANA BORGES SAIDEL - UNICAMP, ROSANA TERESA ONOCKO CAMPOS - UNICAMP
Apresentação/Introdução Estima-se que pessoas convivendo com transtornos mentais tenham uma expectativa de vida reduzida entre 12 e 20 anos. Os fatores que explicam essa realidade incluem os efeitos adversos da medicação, bem como os hábitos não saudáveis que levam a maiores taxas de hipertensão, diabetes e obesidade. Assim, é imperativo que os serviços destinados a essa população estejam atentos a esses problemas.
Objetivos Descrever o status de saúde e as ofertas de cuidados clínicos recebidos por usuários de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) em um município paulista de médio porte.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, baseado em documentos, realizado através da análise de prontuários de 816 usuários de 2 CAPS (1 do tipo II e 1 do tipo AD) entre os meses de abril e maio de 2019. Os prontuários foram revisados no sentido de identificar o registro de hipertensão, diabetes, etilismo, tabagismo, uso de substâncias psicoativas, realização de aferição do peso, sinais vitais, além da realização de exame físico, encaminhamento para realização de exames de sangue ou outros tratamentos clínicos no ano que antecedeu a coleta. Foi utilizada análise estatística descritiva com estimativas das frequências absoluta e relativa para cada uma das variáveis estudadas.
Resultados Foi observada uma alta ocorrência de dados faltantes acerca dos desfechos estudados. A falta de dados acerca das comorbidades, por exemplo, variou de 39,9% a 69,1% do total de usuários ativos nos serviços. Ainda assim, foi possível identificar uma prevalência de hipertensão e diabetes de 17,7% e 12,3%, respectivamente, no CAPS II. A proporção de usuários que tiveram os sinais vitais e o peso aferido variou entre 7,3% e 39,3% e 13,4% e 15,5%, respectivamente. Aproximadamente 60% dos usuários em ambos os serviços haviam passado por exame físico, e menos de 18% deles haviam realizado exames de sangue ou recebido encaminhamento para tratamentos clínicos no ano que antecedeu o estudo.
Conclusões/Considerações Foi evidenciada uma alta proporção de informações faltantes acerca de características importantes para o cuidado dos indivíduos estudados, além de uma baixa oferta de cuidados clínicos. Dessa forma, sugere-se a necessidade do estabelecimento de ações que fomentem a integralidade do cuidado dessa população.
|