Sessão Assíncrona


SA12.4 - EPIDEMIOLOGIA, VIOLÊNCIA E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

44317 - SISTEMAS DE INFORMAÇÃO SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
ERIKA FERNANDA MARINS DE CARVALHO - IFF/FIOCRUZ, JOSUÉ LAGUARDIA - ICICT/FIOCRUZ, SUELY FERREIRA DESLANDES - IFF/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
Os Sistemas de Informação sobre violência contra as mulheres constituem-se ferramentas importantes na construção das estatísticas oficiais, as quais auxiliam o planejamento e implementação de ações de enfrentamento, além de fortalecer o comprometimento do Estado com o diagnóstico do fenômeno. Diante disso, faz-se necessário promover uma análise crítica sobre esses dispositivos.

Objetivos
A partir de uma revisão integrativa, o presente trabalho tem como objetivo analisar como os sistemas de informação sobre violência contra a mulher são retratados pela produção acadêmica nacional e internacional.

Metodologia
Para essa revisão integrativa realizamos levantamento bibliográfico nas principais bases, entre abril e maio de 2019. A pesquisa identificou um conjunto de 25 produções científicas sobre o tema proposto, as quais foram analisadas a partir do viés interpretativo, considerando as seguintes categorias teóricas: regime de informação, sistema de informação, violência de gênero, violência contra as mulheres, violência por parceiro íntimo.

Resultados
Dentre as produções analisadas, observa-se que a informação e os Sistemas de Informação são entendidos como instrumentos fundamentais para o enfrentamento da violência contra as mulheres, pois a produção de estatísticas e a caracterização do fenômeno nos permite conhecer a sua natureza e a magnitude. A maior parte do acervo discute a qualidade dos registros, a caracterização da violência e o perfil da vítima e a avaliação da evolução do preenchimento da notificação compulsória nos serviços de saúde. Nota-se a ausência das variáveis orientação sexual e identidade de gênero nos estudos.

Conclusões/Considerações
A avaliação dos SI sobre violência contra as mulheres, sob uma perspectiva interseccional, é fundamental para produção de indicadores que permitam refletir não só sobre a sua magnitude, mas também sobre o sujeito histórico que o vivencia. A análise deve considerar o gênero juntamente com outros componentes da identidade pessoal, como raça, à classe, à orientação sexual, à identidade de gênero, entre outros marcadores sociais.