Sessão Assíncrona


SA12.4 - EPIDEMIOLOGIA, VIOLÊNCIA E SAÚDE (TODOS OS DIAS)

40137 - VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA IDOSA NA PARAÍBA: SÉRIE TEMPORAL 2009–2019
LINDEMBERG ARRUDA BARBOSA - UNIFACISA, ESTEFANNI RUTTI LIMA DE AMORIM - UEPB, JADE DE OLIVEIRA E MELO - UEPB, RENATA CLEMENTE DOS SANTOS RODRIGUES - UFPB, SUELY DEYSNY DE MATOS CELINO - UFRN, RAFAELLA QUEIROGA SOUTO - UFPB, GABRIELA MARIA CAVALCANTI COSTA - UEPB


Apresentação/Introdução
A implementação da saúde coletiva como um campo estruturado de cuidado sistematizado, fundamentado na interdisciplinaridade, favoreceu o declínio das taxas de mortalidade e o aumento da expectativa de vida, ocasionando crescimento populacional do público idoso. E, por conseguinte crescimento na frequência de atos violentos contra o grupo populacional, na sociedade contemporânea.

Objetivos
Analisar a série temporal da incidência de casos de violência contra pessoa idosa no estado da Paraíba entre os anos de 2009 a 2019.

Metodologia
Estudo do tipo série temporal, ecológica e quantitativa, realizado em 2020/2021. Os dados foram extraídos por intermédio de consultas diretas ao DATASUS, no Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN), mediante ao acesso do serviço Tabnet. O item selecionado para analise foi Violência interpessoal/autoprovocada com abrangência geográfica no estado da Paraíba. As variáveis de estudo foram: o nível de escolaridade, sexo e raça das vítimas; o local de ocorrência do evento, o ciclo de vida do perpetrador e, o encaminhamento ao setor de saúde.

Resultados
Foram estudadas 2.206 notificações de violência contra a pessoa idosa. As análises estatísticas indicaram que o público de etnia/raça parda (1.522; 73,52%), analfabetos (281; 13,57%) e do sexo feminino (1.210; 54,85%) são mais acometidos com a violência, também pode-se perceber a prevalência das agressões no contexto residencial (1.363; 65,84%), com caráter físico (1003; 45,46%), negligência/abandono (698; 31,64%) e psicológica/moral (369; 16,72%), sendo os perpetradores adultos (189; 9,13%), idosos (110; 5,31%) e jovens (50; 2,41%). O coeficiente de incidência apresentou aumento na natureza física entre os anos 2017 a 2019, para psicológica/moral em 2019 e negligência/abandono em 2013.

Conclusões/Considerações
O estudo sinaliza a fragilidade do sistema de informação ao apresentar altos índices de respostas ignoradas e preenchimento indevido das fichas de notificações, a necessidade da capacitação dos profissionais para correto e completo preenchimento das fichas. Por fim conclui-se imprecisão ao descreve o fenômeno da violência no estado o que pode não favorecer o monitoramento e avaliação deste agravo nas instâncias gestoras devidas.