SA12.4 - EPIDEMIOLOGIA, VIOLÊNCIA E SAÚDE (TODOS OS DIAS)
|
38422 - NOTIFICAÇÕES DE VIOLÊNCIA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE CAXIAS DO SUL/RS, 2015 A 2020: É POSSÍVEL MODIFICAR ESTA REALIDADE TRABALHANDO A CULTURA DA PAZ NOS TERRITÓRIOS? ELIANE LIPRERI - UFRGS, DANIEL CANAVESE DE OLIVEIRA - UFRGS
Apresentação/Introdução Introdução: Considerado problema de saúde pública, o fenômeno da violência é multicausal, complexo e relacionado com determinantes sociais e econômicos. O impacto da violência sobre a saúde das crianças e adolescentes é indiscutível, sendo imprescindível que os(as) profissionais da saúde estejam capacitados para o enfrentamento e notificação dos casos suspeitos ou confirmados de violência.
Objetivos Objetivo: Analisar as notificações de violência interpessoal e autoprovocada em crianças e adolescentes de Caxias do Sul/RS, de 2015 a 2020, registradas no SINAN, atentando para o perfil, completude e propor estratégias para melhorar a notificação.
Metodologia Metodologia: Estudo quantitativo, observacional, do tipo descritivo e ecológico de séries temporais o qual utilizou como fonte o banco de dados do SINAN, mais especificamente notificações de violência interpessoal e autoprovocada em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos de Caxias do Sul/RS, no período de 2015 a 2020 fornecido pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul. A completude foi avaliada através do percentual de registros com informação ignorada e/ou em branco. Para a análise descritiva utilizou-se o software Microsoft Excel 2010 e o software SPSS (Statistical Package for the Social Science). O projeto possui a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados Resultados: 5.675 notificações de violência na faixa etária de 0 a 19 anos em Caxias do Sul (2015 a 2020). Perfil das notificações: 95% de residentes de Caxias do Sul; o nível secundário realizou maior proporção de notificações; 61,4% na faixa etária de 0 a 9 anos; 57,60% do sexo feminino; 80% de pessoas autodeclaradas como raça/cor branca, 11,5% parda e 4,2% preta; 64,20% dos casos ocorreram nas residências; 14,40% lesões autoprovocadas, com aumento de 279% em 2019 se comparado a 2015; quanto ao tipo de violência, 59,07% negligência/abandono, 11,54% violência sexual e 11,40% violência física. Avaliação da completude: 76,71% boa, 9,5% excelente, 6,85% regular, 4,11% ruim e 2,74% muito ruim.
Conclusões/Considerações Considerações: Apresenta-se a proposição de estratégias para melhorar a notificação de violência interpessoal e autoprovocada em crianças e adolescentes quanti e qualitativamente, com o intuito de promover o aprimoramento da vigilância em Saúde na Atenção Primária. Além de estratégias de identificação, monitoramento e atendimento dos casos suspeitos e/ou confirmados de violência interpessoal e autoprovocada através de atividades intersetoriais.
|