Sessão Assíncrona


SA12.3 - COMUNICAÇÃO PÚBLICA E MOVIMENTOS SOCIAIS (TODOS OS DIAS)

43943 - COMUNICAÇÃO, PUBLICIDADE E IMUNIZAÇÃO: AS CAMPANHAS, O CONSUMIDOR E O CIDADÃO CIBORGE
ANDREA MONTEIRO DE CASTRO PENNA - UERJ/IMS, RACHEL GUIMARAES VIEIRA PITTHAN - UERJ/IMS


Apresentação/Introdução
No Brasil existem 152 milhões de cidadãos que utilizam a internet (CETIC-BR 2001). A maioria maneja redes sociais e aplicativos, interagem com empresas e prestadores de serviço. AZEVEDO et ali (2018) cunhou o termo consumidor ciborge para esse cidadão. Esse estudo analisa as estratégias de comunicação do Ministério da Saúde com esses cidadãos, usuários do SUS, a partir das campanhas de imunização.

Objetivos
Discutir como o Ministério da Saúde se comunica com os usuários do SUS a partir das campanhas de vacinação, considerando que este usuário é um "cidadão ciborge", pegando emprestado o conceito consumidor ciborge, analisado pela publicidade.

Metodologia
Analise de publicações entre 2000 a 2021 do CONASS, Ministério da Saúde, artigos e reportagens :
ARAÚJO, Inesita Soares de. Muito além da mídia – um modo de ver a articulação entre comunicação e saúde no âmbito do SUS. In: CONASS Debate - Que saúde você vê? 1a edição. Brasília: CONASS, 2013.
AZEVEDO, S. T.; et al. Ensaio sobre o consumidor ciborgue: questões técnicas e estéticas da
compressão consumidor-marca. In: Perez, C.; et al. (Orgs.). Encontro Nacional de Pesquisadores em Publicidade e Propaganda. São Paulo: ECA-USP, 2019, pp. 587-603
CONASS - A queda da imunização no Brasil -https://bit.ly/3tyu0aT
CETIC-BR - https://bit.ly/3aY2X24
PNI 30 anos - https://bit.ly/3tAN4VT

Resultados
Essa "via de mão dupla" que o consumidor ciborge pratica na sua vida privada nas redes sociais, não existe com o Estado, que continua se comunicando com cidadãos em via única nas suas campanhas, num modelo de comunicação do milênio passado, "preventivista e higienista, sazonal ou emergencial” (ARAUJO, 2019) que responsabiliza o cidadão e não o Estado, pela promoção da saúde”. Somamos com AZEVEDO, a hipótese de que as estratégias de comunicação desenvolvidas neste século não levam em conta o novo "cidadão ciborge". Como resultado, os dados mostram o declínio do número de vacinados e a ameaça do retorno de doenças, o aumento de casos de Aids, sífilis, e a persistente epidemia de dengue.

Conclusões/Considerações
Uma nova estratégia de comunicação deverá levar em conta esse novo cidadão ciborge”. O Ministério da Saúde não considera nas suas estratégias e planejamento de comunicação, o usuário do SUS como o consumidor de hoje, que "assume papel ativo na Comunicação Social contemporânea, sendo ele próprio um ator protagonista desse novo fazer publicitário. De mero receptor, podemos, então, tomá-lo como enunciador midiático (ANDERSON, 2006; JENKINS, 2008)”.