SA12.3 - COMUNICAÇÃO PÚBLICA E MOVIMENTOS SOCIAIS (TODOS OS DIAS)
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38773 - “É APENAS MAIS UMA LUTA!” - ECOS DE UMA PESQUISA SOBRE A COMUNICAÇÃO DAS POPULAÇÕES NEGLIGENCIADAS NA PANDEMIA DA COVID-19 INESITA SOARES DE ARAUJO - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, MÁRCIA RODRIGUES LISBOA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, CRISTINA PEDROZA FARIA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO, SILVIA BEZERRA SANTOS - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, SANDRA RAQUEWL AZEVEDO - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Apresentação/Introdução Em 2021/2022 realizamos uma pesquisa em 5 capitais brasileiras, cartografando a comunicação praticada por moradores de áreas pobres das cidades sobre a Covid-19. Analisamos 50 iniciativas no Rio, Recife, João Pessoa, Vitória e Brasília. A metodologia valorizou o protagonismo dos organizadores das iniciativas no processo de produção de conhecimento, incluindo o processo analítico e as conclusões.
Objetivos Os resultados mostraram um cenário com predominâncias. Nosso objetivo no GT é destacar duas: as perspectivas políticas e comunicacionais e os principais elementos que organizaram e motivaram a ação dos jovens comunicadores em seus territórios.
Metodologia Optamos pela Cartografia, abrangendo a topografia do território comunicacional, físico, social, político e cultural, por diferentes e sucessivos procedimentos metodológicos: mapeamento de iniciativas comunicacionais e seleção de 10 por local, 50 ao todo; convite aos coordenadores das ações, que passaram a integrar a pesquisa; procedimento de Conversação, processo de interlocução em níveis individuais e coletivos, no qual as iniciativas foram detalhadas, analisadas individualmente, sistematizadas e analisadas no seu conjunto; os resultados e conclusões provisórios que surgiram do processo foram validados coletivamente pelos coordenadores das iniciativas, sendo então consideradas definitivas.
Resultados Os coordenadores são jovens, com militância em outras causas e forte vinculação ao território.
Sua ação foi pautada pelas perspectivas da democratização da comunicação, linguagem e estética ancoradas no território, visibilização e emancipação. Os principais motivos para agir: desigualdade de condições das populações pobres para enfrentar a pandemia (moradia, renda, saneamento, água, condições de isolamento social); falta de informação sobre a prevenção da covid-19 adequada às condições locais; falta de dados específicos sobre a covid-19 nos territórios periféricos; indignação com a falta de visibilidade dessas populações para o setor público; desejo de sobreviver à pandemia.
Conclusões/Considerações Esses resultados, somados a outros – temáticas/práticas/estratégias/ações/produtos, redes colaborativas, financiamento etc. – mostraram uma ecologia comunicacional, ancorada no território, recorrendo a uma pluralidade de meios, contemplando diferentes níveis de acesso digital e que não deixa esquecer que a luta contra a covid-19 é apenas mais uma das lutas cotidianas, contra a violência, desemprego, discriminação, racismo e tantas outras.
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