Comunicação Coordenada

24/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC12.9 - SOBREVIVER NA VERDADE CIENTÍFICA

43424 - LITERACIA EM SAÚDE PARA ESCOLHAS INFORMADAS NO PARTO: ESTUDO RANDOMIZADO CONTROLADO POR MEIO DE APLICATIVO DIGITAL
BEATRIZ FIORETTI-FOSCHI - GEMAS- FSP/USP, ANA CAROLINA ARRUDA FRANZON - GEMAS- FSP- USP, DENISE YOSHIE NIY - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP, LIVIA SANCHES PEDRILIO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, EDSON AMARO JR - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, JOÃO RICARDO SATO - HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, CARMEN SIMONE GRILO DINIZ - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DA USP


Apresentação/Introdução
A alta aceitabilidade das cesáreas desnecessárias e das intervenções no parto tem sido associada ao aumento de nascimentos prematuros e de termo precoce, com maior morbidade de mães e bebês. Os baixos níveis de literacia em saúde estão associados a maiores vulnerabilidades a desfechos negativos. Os aplicativos digitais podem ser usados para ampliar o acesso das mulheres a informações baseadas em evidências.

Objetivos
Promover as habilidades em literacia em saúde em mulheres (entre 18 e 49 anos), especificamente sobre segurança na assistência ao parto por meio de aplicativo digital para smartphone.

Metodologia
Estudo Randomizado Controlado (ERC) através de aplicativo de pesquisa de opinião pública, online, (N =20.608 ativas). As informações foram subdivididas em missões com textos e cartões (n=64) ilustrados e desenvolvidos para o projeto. Após um TCLE e um questionário de entrada, as integrantes foram alocadas aleatoriamente para os grupos Intervenção (I) ou Controle (C). (I) recebeu informações sobre segurança no parto; (C) recebeu informações sobre tipos de fralda. Na saída, os dois grupos responderam um questionário e as respostas foram comparadas entre os dois grupos.

Resultados
O estudo foi aplicado a 14.072 mulheres cadastradas no aplicativo que atenderam aos critérios de elegibilidade e completaram todas as etapas da pesquisa. O perfil médio das mulheres foi de: 29 anos, brancas (46,9%); de classe econômica B (44,7%); a maioria (41,9%) usuárias dos setores público e privado de saúde concomitantemente; e com filhos (49,5%).
A intervenção (n=6.934) foi protetora, para todos os desfechos analisados, comparada ao controle (n=7.035). No grupo (I), foi verificado um aumento na percepção sobre risco e sofrimento materno e neonatal na cesariana e ainda maior preferência por um parto normal humanizado.


Conclusões/Considerações
A intervenção foi bem-sucedida em promover a literacia em saúde, fomentando as habilidades das mulheres na percepção de risco, sofrimento e risco no parto. O uso de aplicativos digitais na educação perinatal pode ser uma forma inovadora de promover escolhas informadas no parto.