Comunicação Coordenada

23/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC12.7 - ESTRATÉGIAS DE MONITORAMENTO EM SAÚDE

43940 - QUANTOS? ONDE? QUANDO? CONSTRUÇÃO DE RESPOSTA PARA A GESTÃO DE LEITOS DE UTI COVID19 NO ESTADO DE SÃO PAULO
NAYARA SCALCO - IS/SES-SP, TAYNARA INCERTI DE PAULA - BDA/SBIBAE, GABRIELA GUIMARAES UHRIGSHARDT - BDA/SBIBAE, JOSÉ ADENALDO SANTOS BITTENCOURT JÚNIOR - BDA/SBIBAE, FLAVIO PINTO DE ALMEIDA FILHO - BDA/SBIBAE, MARCOS DE FREITAS JUNIOR - BDA/SBIBAE, JOÃO RICARDO SATO - BDA/SBIBAE, EDSON AMARO JUNIOR - BDA/SBIBAE, ANDREA THOME SUMAN - BDA/SBIBAE, OSMAR MIKIO MORIWAKI - CRS/SES-SI


Período de Realização
O planejamento e construção do relatório ocorreu entre abril de 2020 e março de 2021.

Objeto da experiência
Monitoramento da ocupação e análise preditiva da necessidade de leitos de UTI COVID nos 17 Departamentos Regionais de Saúde (DRS) do estado de São Paulo.

Objetivos
Relatar a experiência de desenvolvimento de modelo preditivo de ocupação de leitos de UTI a partir de bancos de dados de notificação de casos de COVID19 e de monitoramento de internação hospitalar organizado no estado (Censo COVID) a fim de identificar regiões com risco para a escassez de leitos.

Metodologia
Dados de internações do Censo COVID, SIVEP-Gripe e Mapa de Leitos do estado foram utilizados para elaboração de um relatório semanal para acompanhamento do histórico de ocupação nas últimas semanas e predição de demanda de leitos de UTI para os próximos 30 dias em cada DRS. A análise preditiva foi realizada através do modelo BARS (Booststrap AutoRegressive Simulation) e com a utilização da metodologia nowcasting para amenizar o impacto da subnotificação nas bases de dados.

Resultados
O relatório apresentado, com as previsões geradas semanalmente pelo modelo BARS, a gestores da SES e dos DRS foi fundamental como subsídios para a gestão de investimentos na ampliação de leitos de UTI. Com as informações foi possível direcionar os esforços para as regiões com maior risco, como a distribuição dos respiradores e a própria decisão de ampliação de leitos. Desta forma, propiciou o acompanhamento com efetivo resultado na previsão de necessidade de leitos de UTI COVID no estado.

Análise Crítica
A disponibilidade de dados no SUS é um campo que necessita de constante aprimoramento devido ao grande número de sistemas de informação e atualizações de dados que nem sempre correspondem a necessidade do dia a dia da gestão, como a atualização mensal do Sistema de Informação Hospitalar, principalmente em situações pandêmicas. Os avanços no campo da tecnologia e armazenamento de dados tem o potencial de contribuir com a gestão pública tornando mais ágil e assertivo o uso de dados.

Conclusões e/ou Recomendações
O uso de dados é fundamental para a tomada de decisão na gestão pública. Em situações de pandemia, a disponibilidade de dados em tempo oportuno é ainda mais latente. Apesar dos desafios colocados para os sistemas de informação, é possível, com apoio de modelos matemáticos, desenvolver modelos de monitoramento e predição para apoio à gestão com aplicabilidade no SUS. Recomenda-se investimento na qualidade dos dados e na incorporação tecnológica.