23/11/2022 - 08:30 - 10:00 CC12.6 - EPIDEMIOLOGIA PARA UM FUTURO SAUDÁVEL |
38637 - SÉRIE HISTÓRICA DA COBERTURA VACINAL INFANTIL EM UM ESTADO DA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: ANÁLISE TENDÊNCIA TEMPORAL GABRIELA CUNHA CORRÊA FREITAS DE OLIVEIRA - UFSJ, RAYSSA NOGUEIRA RODRIGUES - UFV, MARIALICE CAETANO DA SILVA - UFSJ, GABRIELA LOURENÇA MARTINS DO NASCIMENTO - UFSJ, LORRAYNE EVELLYN LOPES MOREIRA - UFSJ, FERNANDA MOURA LANZA - UFSJ, JOSIANNE DIAS GUSMÃO - SES, ALINE MENDES VIMIEIRO - SES, VALÉRIA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA - UFSJ, ELIETE ALBANO DE AZEVEDO GUIMARÃES - UFSJ
Apresentação/Introdução Considerada um dos maiores avanços da humanidade e um investimento de saúde pública de ótimo custo-benefício, a vacinação é capaz de evitar cerca de 2,5 milhões de mortes por ano, mundialmente.
Objetivos Analisar a tendência temporal da cobertura vacinal das vacinas hepatite A, tríplice viral e varicela em crianças menores de dois anos no estado de Minas Gerais, Brasil.
Metodologia Estudo ecológico de séries temporais que considerou os registros de doses aplicadas da base do Sistema de Informação de Imunização do Brasil (2014 a 2020), de 853 municípios distribuídos em 14 regiões, sendo estas as unidades territoriais de análise. Foram analisadas as coberturas vacinais da hepatite A, tríplice viral e varicela. As tendências foram estimadas pela regressão de Prais-Winsten e calculados os intervalos de confiança 95% das medidas de variação.
Resultados Identificou-se baixas coberturas vacinais de hepatite A, tríplice viral e varicela. Coberturas acima de 95% foram observadas somente no ano de 2015 para a vacina contra hepatite A 98,8% e em 2016 para a varicela 98,4%. A vacina tríplice viral apresentou cobertura inferior a 95% em todos os anos analisados. Observou-se tendência decrescente na cobertura vacinal da hepatite A nas regiões Sul (p=0,041), Leste (p=0,030) e Norte (p=0,045); e para a tríplice viral nas regiões Jequitinhonha (p=0,002), Leste (p=0,004) e Norte (p=0,024). A cobertura crescente foi observada somente para a varicela em 8 regiões do estado.
Conclusões/Considerações A cobertura vacinal média no estado brasileiro, para as três vacinas analisadas, não demonstrou o alcance das metas de 95% conforme preconizado pelo Programa de Imunização do Brasil. O estudo evidencia heterogeneidades no comportamento temporal das coberturas vacinais, com importante queda em quatro regiões. Um planejamento estratégico condizente com as características de cada localidade deve ser implementado.
|