Comunicação Coordenada

22/11/2022 - 08:30 - 10:00
CC12.5 - EPIDEMIOLOGIA PARA CONHECER E PREVENIR

43916 - PANORAMA DOS HOMICÍDIOS EM MULHERES E A INFLUÊNCIA DA PRESENÇA DAS DEAM NAS REGIÕES INTERMEDIÁRIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ALEX ERICKSON FERREIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI - UFVJM, GERALDO MARCELO DA CUNHA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FIOCRUZ/RJ, IURI DA COSTA LEITE - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FIOCRUZ/RJ, RONALDO ISMÉRIO MOREIRA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA - FIOCRUZ/RJ


Apresentação/Introdução
O estudo do homicídio está diretamente relacionado ao espaço geográfico e o tempo, ou seja, possui características inerentes ao local de estudo e à época. A temática envolvendo o homicídio feminino no estado de Minas Gerais vem sendo divulgado periodicamente pela imprensa por estar presente e ativo no estado. Reforçar o papel das delegacias especializadas -DEAM - na sociedade.

Objetivos
Analisar as características socio-demográficas do homicídio em mulheres com a distribuição espacial das unidades de atendimento especializado as Regiões Geográficas Intermediárias (RGINT) de maior e menor taxa de homicídio.

Metodologia
Estudo ecológico transversal com dados obtidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade dos homicídios femininos em indivíduos do sexo feminino com 15 ou mais anos de idade ocorridos no período 2017 a 2019. As RGINT do estado foram introduzidas como uma partição do espaço geográfico e alguns indicadores socioeconômicos. O cálculo do risco aplicou-se o modelo Condicional Autorregressivo (CAR) ao nível dos municípios na partição das RGINT; o tratamento de dados faltantes aplica-se o método de imputação múltipla por equações encadeadas (MICE), utilizando o processo de árvores de classificação e regressão (CART) como mecanismo de geração dos possíveis valores faltantes

Resultados
Entre os 922 óbitos estudados no período. O processo de imputação corrigiu a subestimação das taxas; escolaridade é a variável apresenta maior nível de não preenchimento(29.0%) seguida da variável estado civil(11.3%). Maiores taxas de mortalidade foram observadas em mulheres de 30 a 39 anos, separadas judicialmente, e raça/cor parda, com 8 a 11 anos de escolaridade(6,85). As RGINTs com as menores taxas de homicídio foram Pouso alegre(1,95) e Varginha(1,94) e as maiores foram Teófilo Otoni(5,65) e Governador Valadares(5,67); esse fato ocorre com os indicadores aplicados. Há evidência que a menor presença das delegacias coincide em regiões de maior risco para o óbito

Conclusões/Considerações
O estudo identificou que as RGINT onde há municípios com melhores indicadores sociais tem a tendência de menor ocorrência do homicídio em mulheres. Este crime está associado com as condições com as condições de acesso a serviços básicos de educação, saúde e segurança. O estudo mostra que a disposição e a quantidade de unidades especializadas de atendimento à mulher (delegacias, secções) dispostas no estado tem influência na ocorrência desse crime