42010 - PREVALÊNCIA DE MULTIMORBIDADE EM ADULTOS BRASILEIROS A PARTIR DOS RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE, 2019 CRISTINA CAMARGO PEREIRA - INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GOIÁS, BRASIL, CHARLISE FORTUNATO PEDROSO - INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GOIÁS, BRASIL, RAFAEL ALVES GUIMARÃES - FACULDADE DE ENFERMAGEM. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIÂNIA, GOIÁS, BRASIL
Apresentação/Introdução A multimorbidade é um grande problema de saúde pública. Embora possa ser controlada por meio de mudanças de estilo de vida, o manejo dessa condição é um desafio para os serviços de saúde. Além disso, a identificação dos fatores de risco associados à multimorbidade em inquéritos especiais, pode auxiliar nas ações de prevenção das doenças, promoção da saúde, vigilância e atenção à saúde.
Objetivos Estimar a prevalência de multimorbidade em adultos com 18 anos ou mais no Brasil, assim como sua associação com características sociodemográficas e estilo de vida.
Metodologia Foi utilizada a base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 2019, pesquisa transversal, de base populacional e domiciliar. A amostragem ocorreu por conglomerado em múltiplos estágios e foi representativa de todas as unidades da federação. Dados demográficos e referentes a doenças referidas foram coletados. A multimorbidade foi definida pela presença de duas ou mais doenças ou crônicas, como diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, artrite ou reumatismo, transtornos mentais, entre outras. Foram estimadas as razões de prevalências (RP) por meio da regressão múltipla de Poisson, com nível de confiança de 95% (IC95%). A PNS 2019 foi aprovada pela CONEP (parecer: 3.529.376).
Resultados Foram incluídos 88.531 adultos (>18 anos de idade). Quase três a cada 10 adultos apresentavam multimorbidade (29,4%). As variáveis associadas a maior prevalência foram sexo feminino (RP: 1,5; IC 95% 1,44-1,55), idade ≥60 anos (RP: 5,55; IC 95% 4,86-6,34) e renda >5 salários-mínimos (RP: 1,13; IC95% 1,05-1,22). A escolaridade elevada se mostrou foi fator de proteção, sendo 0,86 vezes menor (IC95%: 0,81-0,91) naqueles com ensino superior completo ou mais. Com relação ao estilo de vida, ex-fumantes (RP: 1,26; IC 95% 1,21-1,30) e inativos no lazer (RP; 1,08, IC 95%1,04-1,12) apresentaram maiores prevalências de multimorbidade quando comparado àqueles que não apresentavam essa característica.
Conclusões/Considerações A prevalência de multimorbidade nos adultos brasileiros é elevada, sendo associada à fatores sociodemográficos (sexo, idade, renda e escolaridade) e estilo de vida (tabagismo e inatividade física).
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