21/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC12.1 - A VOZ DO USUÁRIO - COMUNICAÇÃO COMO DIREITO DEMOCRÁTICO À SAÚDE |
42811 - DIMENSÕES SUBJETIVAS DA SAÚDE DIGITAL LUIS HENRIQUE DO NASCIMENTO GONÇALVES - FIOCRUZ, RAQUEL RACHID - FIOCRUZ, MARCELO FORNAZIN - FIOCRUZ, BRUNO ELIAS PENTEADO - FIOCRUZ, LEONARDO CASTRO - FIOCRUZ
Apresentação/Introdução O capitalismo vêm moldando os significados da Saúde Digital para dirigir seu desenvolvimento e regulação. Assim, ela se torna arena de suas potencialidades humanas e dos interesses capitalistas, que moldam patologias, pacientes e o cuidado em saúde. Isso se desdobra em teorias comportamentais aplicadas em tecnologias de saúde e bem-estar, trazendo riscos para nossa saúde e subjetividade.
Objetivos Investigar as principais determinações dessas "falhas de mercado" na economia, no desenvolvimento tecnológico e no comportamentalismo, chegando à crítica dessas aplicações tecnológicas e seus riscos em busca de insights para seus marcos regulatórios.
Metodologia Para essa pesquisa, realizamos uma revisão de literatura nacional e internacional focada nos seguintes temas: sociologia; saúde digital; crise capitalista (economia política e Estado); governamentalidade; mente estendida; psicologia social, comportamental e cognitivista; design comportamental.
Resultados A Saúde Digital é uma conquista humana crucial para a superação de doenças, tem a capacidade de elevar a qualidade de vida e a dignidade humana, além de melhorar decisivamente a qualidade da prestação dos serviços de saúde e as condições dos seus trabalhadores. Assim, essas potencialidades tendem a fortalecer os princípios do SUS.
Entretanto, muitas das suas aplicações práticas atuais e as abordagens que lhes dão origem reproduzem privilégios e injustiças. Além disso, a exploração de "vieses comportamentais" e o uso de arquiteturas de decisão elidem a capacidade dos usuários terem pleno conhecimento das consequências desse uso e da sua real eficácia.
Conclusões/Considerações Aplicativos de saúde digital requerem atenção regulatória com participação social, com foco: na transparência dessas tecnologias, do uso dos dados e no embasamento científico; proteção dos dados públicos e dos usuários e o estímulo por parte dos governos e dos desenvolvedores dessas tecnologias à literacia digital dos usuários. Também concluímos pela importância da continuidade interdisciplinar desse tipo de pesquisa.
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