Comunicação Coordenada

21/11/2022 - 13:10 - 14:40
CC12.1 - A VOZ DO USUÁRIO - COMUNICAÇÃO COMO DIREITO DEMOCRÁTICO À SAÚDE

41714 - DO "BOCA A BOCA" ÀS REDES SOCIAIS: TECNOLOGIAS COMUNICACIONAIS DE POPULAÇÕES VULNERÁVEIS DO DISTRITO FEDERAL NA PANDEMIA DE COVID-19
ALINE GUIO CAVACA - FIOCRUZ-BRASÍLIA, ISABELLA MOURA DE OLIVEIRA - UNB, WEBERT DA CRUZ ELIAS - COLETIVO RETRATAÇÃO - MERCADO SUL, ANDRESSA BRUNA RODRIGUES SANTOS - UNB, RUAN ÍTALO DE ARAÚJO - UNB


Apresentação/Introdução
No cenário pandêmico, a comunicação e a educação em saúde revelam-se centrais no enfrentamento junto às comunidades. Entretanto, percebe-se a multiplicação exponencial de produção e circulação de informações relacionadas ao Covid-19 voltadas para grandes públicos, enquanto poucas estratégias educacionais são contextualizadas para públicos específicos, tais como as populações vulnerabilizadas.


Objetivos
Este trabalho objetivou produzir conhecimento sobre tecnologias informacionais e comunicacionais de populações vulnerabilizadas no território do Distrito Federal no contexto do enfrentamento da pandemia do Covid-19.

Metodologia
Trata-se de uma pesquisa transversal qualitativa, orientada por quatro etapas, comuns aos cinco núcleos regionais da pesquisa: 1) Identificação das experiências, por meio de mapeamento pela internet dos grupos comunitários; 2) Caracterização das tecnologias e atores sociais; 3) Compreensão das perspectivas e ressignificações, por meio de entrevista virtual com atores-chave, transcrição e análise de conteúdo do material empírico; 4) Apresentação dos resultados às lideranças para validação, em sessão coletiva virtual por núcleo.

Resultados
Foram selecionadas dez experiências. As respectivas lideranças foram contatadas e entrevistadas, compondo o panorama das principais tecnologias comunicacionais a seguir: Território Cultural Mercado Sul: “boca a boca” e as histórias e vida; Coletivo Nós por Nós: articulação em rede; Casa Akotirene : comunicação orgânica e presencial;RUAS: pack de cards estratégicos; Distrito Drag: Advocacy; Portal Canário: tecnologias digitais; No Setor: equipamentos territoriais como instrumentos de comunicação; Diário de Ceilândia: Jornal comunitário independente e digital; Guardiões da Saúde: Software em formato de aplicativo; Instituto Barba na Rua: Rede de solidariedade e TV comunitária.


Conclusões/Considerações
As principais tecnologias comunicacionais utilizadas pelas iniciativas estudadas diziam respeito às realidades locais em que estavam inseridas, respeitando as características e representatividades de suas comunidades. Em síntese, podemos concluir que é imprescindível a criação de processos de escuta, diálogo, participação social e produção em conjunto de informações em saúde que sejam reconhecidas como legítimas pelo público a que se destinam.