SA10.3 - INTERSETORIALIDADE, POLÍTICAS PÚBLICAS E SISTEMAS DE SAÚDE: INTEGRAÇÃO NA SAÚDE COLETIVA (TODOS OS DIAS)
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40685 - CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE GESTANTES POSITIVAS PARA O HIV QUE VIVENCIAM VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO (VPI) EM MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO LARISSA DE SOUZA ANANIAS - RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - SMS RJ, VERÔNICA PERES GONÇALVES - MESTRANDA PPGENF - UNIRIO, MAYARA GONÇALVES CORDEIRO DOS SANTOS - RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - SMS RJ, REBECA DE ARAÚJO DUARTE - RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - SMS RJ, TAYNÁ LEONARDO DA SILVA - RESIDÊNCIA EM ENFERMAGEM DE SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE - SMS RJ
Apresentação/Introdução A VPI perpetrada contra gestantes vivendo com HIV traz consequências nefastas ao binômio mãe-bebê, como: início tardio do pré-natal, baixa adesão ao TARV, morte intra-útero, baixo peso ao nascer, rompimento placentário, hemorragia e risco de transmissão vertical do HIV, além de que, essas gestantes têm risco aumentado para adquirir outras IST’s, além de gravidezes não desejadas e abortamento.
Objetivos Caracterizar o perfil sociodemográfico de mulheres grávidas convivendo com HIV e sua relação com a violência por parceiro íntimo.
Metodologia Pesquisa descritiva, exploratória, qualitativa, desenvolvida em um hospital universitário e duas unidades de assistência especializada em HIV/Aids no Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi guiada por um roteiro de entrevista semiestruturado, e sua interpretação se deu a partir da análise temática, que compõe uma das técnicas da análise de conteúdo, seguindo as etapas propostas por Bardin (2016), a saber: pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados, inferência e interpretação. No estudo proposto, a inferência estatística foi substituída pela unidade temática.
Resultados 28 mulheres heterossexuais, 27 vivenciavam todas as formas de VPI e sua faixa etária variou de 18 a 37 anos. Seis autodeclararam-se brancas e 21 pardas ou pretas. Quanto à religião autodeclarada: 16 protestantes ou católicas, 6 sem religião e 5 espíritas. Quanto à escolaridade, 16 cursaram até o nível fundamental, 10 o nível médio e só 1 cursou nível superior. Quanto à ocupação: apenas 10 trabalhavam, e a renda familiar variou de 1 a 10 salários. Quanto à situação conjugal, 16 viviam em união consensual ou união estável, 5 eram casadas, 4 não coabitavam com os parceiros, e o tempo de relacionamento variava de 6 meses a 16 anos. Apenas 5 usavam preservativo e 18 consumiam álcool e drogas.
Conclusões/Considerações O perfil das mulheres grávidas positivas para o HIV/AIDS entrevistadas mostrou que em sua maioria eram: jovens, pretas ou pardas, com baixa escolaridade e renda familiar, desempregadas, se relacionavam em regime de união consensual ou tinham multiplicidade de parceiros, não usavam preservativo e faziam uso de álcool e drogas, podendo tornar esse uso um fator de risco tanto para vivenciar VPI como para contrair o HIV.
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