Sessão Assíncrona


SA10.2 - CONDIÇÕES DE VIDA, VULNERABILIDADE E VIOLÊNCIAS: HÁ UM DIÁLOGO ENTRE AS ÁREAS DA SAÚDE COLETIVA? (TODOS OS DIAS)

43196 - DETERMINANTES SOCIAIS E MORTALIDADE POR CÂNCER DE BOCA NO BRASIL, 1997-2017
MARILIA DE MATOS AMORIM - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, DANIEL DEIVSON ALVES PORTELLA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB, ALESSANDRA LAÍS PINHO VALENTE PIRES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, LIDIANE DE JESUS LISBOA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, ADRIANA MENDONÇA DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, ANA CARLA BARBOSA DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, CARLOS ALBERTO LIMA DA SILVA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS, VALÉRIA SOUZA FREITAS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA - UEFS


Apresentação/Introdução
O Brasil possui altas taxas de mortalidade por câncer boca e sua relação com os determinantes sociais ainda não está tão clara da literatura. Estudos agregados realizados no Brasil demonstram que as regiões com melhores indicadores socioeconômicos apresentam as maiores taxas, muitas vezes apontando relação inversa com determinantes sociais

Objetivos
Analisar a associação entre determinantes sociais e a taxa de mortalidade por câncer de boca no Brasil de 1997 a 2017

Metodologia
Estudo ecológico de dados em painel. A taxa de mortalidade por câncer de boca foi calculada por 100 mil habitantes e os determinantes sociais foram representados pela razão de renda, Índice de Desenvolvimento Humano, coeficiente de Gini, taxa de analfabetismo, renda média domiciliar per capita, índice de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e porcentagem da população preta. A análise para verificação da associação foi realizada utilizando o modelo multivariado de regressão binomial negativa, através da regressão de Poisson.

Resultados
Durante o período estudado ocorreram 64.526 óbitos por câncer de boca no Brasil. Os estados que apresentaram, respectivamente, a maior e menor média da taxa, foram o Rio de Janeiro e o Acre. Na associação foi verificado que nos estados em que houve aumento da desigualdade de renda, houve redução das taxas de mortalidade (p=0,03), assim como a taxa de analfabetismo, que indicou também relação inversa (p=0,00); A renda média domiciliar per capita (p=0,00), o índice de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza (p=0,00) e a porcentagem da população preta (p=0,03), revelaram que nos estados em que houve aumento desses indicadores, houve aumento das taxas de mortalidade pela doença.

Conclusões/Considerações
Os resultados deste estudo revelaram que os estados brasileiros apresentaram altas taxas de mortalidade por câncer de boca, demonstrando uma associação negativa com os determinantes sociais razão de renda e a taxa de analfabetismo e uma associação positiva com determinantes da renda média domiciliar, do índice de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza e a porcentagem da população preta.