SA10.1 - INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS DA SAÚDE COLETIVA: SITUAÇÃO DE SAÚDE E PRODUÇÃO DO CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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44648 - REALIZAÇÃO DE MAMOGRAFIA BILATERAL COMO MÉTODO DE RASTREAMENTO AO CÂNCER DE MAMA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE 2013 A 2021. ALAN DE CASTRO SILVA - MATERNIDADE ESCOLA JANUÁRIO CICCO - MEJC, ADYNNA TÉVINA DE CASTRO SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN, SEVERINO DOMINGOS DA SILVA JUNIOR - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS - FGV
Apresentação/Introdução A Epidemiologia é fundamental na produção de conhecimento de forma ágil, auxiliando em decisões e intervenções voltadas para os diversos problemas em saúde. A mamografia é o principal método de rastreio do câncer de mama, uma doença de importante relevância que acomete a saúde da mulher. A recomendação do Ministério da Saúde desde 2015 é que esse método seja aplicado em mulheres de 50 a 69 anos.
Objetivos O presente estudo objetivou verificar a efetividade da recomendação governamental, aprovada a partir da Portaria nº 59, de 1º de outubro de 2015, quanto ao uso do rastreamento mamográfico do câncer de mama em mulheres do cenário nacional, de 2013 a 2021.
Metodologia Tratou-se de um estudo observacional descritivo quantitativo, a partir de dados extraídos do Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) quanto ao número de mamografias de rastreamento realizadas no período de 2013 a 2021, em mulheres com menos de 40 anos, de 40 a 49 anos, de 50 a 69 anos, e por fim, em mulheres com mais de 69 anos.
Resultados De 2013 (52,8%) até 2021 (64,8%), a proporção maior de mulheres fazendo mamografia de rastreamento esteve na faixa-etária da população-alvo do Ministério da Saúde, que é de 50 a 69 anos, embora também tenha sido identificado um elevado percentual de mulheres de 40 a 49 anos se submetendo ao exame, divergindo da recomendação governamental. Em 2013 o percentual era de 35,4% e chegou a 27,6% em 2021. No ano de 2015, o percentual de mulheres de 50 a 69 anos que fizeram o exame foi de 59,1%, trazendo um aumento de 5,7% em relação ao ano de 2021. O percentual entre as mulheres de 40 a 49 anos que fizeram o exame em 2015 foi de 31%, o que trouxe uma redução de 3,4% em comparação ao ano de 2021.
Conclusões/Considerações Pode-se concluir que o impacto após as recomendações de 2015, entre as mulheres de 50 a 69 anos que fizeram o exame não trouxe o resultado esperado, assim como entre as mulheres de 40 a 49 anos, que embora tenha tido o percentual reduzido, ainda se manteve elevado nos anos estudados. As controvérsias entre as recomendações do ministério e das sociedades médicas, podem ser o principal fator de impacto na efetividade das recomendações.
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