SA10.1 - INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS DA SAÚDE COLETIVA: SITUAÇÃO DE SAÚDE E PRODUÇÃO DO CUIDADO (TODOS OS DIAS)
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42663 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM MENORES DE 15 ANOS NO BRASIL DE 2008 A 2017 MARÍLIA SANTOS DOS ANJOS - ISC/UFBA, JOILDA SILVA NERY - ISC/UFBA, ARIANE GONÇALVES DA SILVA - IBIO/UFBA, FEDERICO COSTA - ISC/UFBA
Apresentação/Introdução Ao considerar todas as pessoas que adoeceram por tuberculose no mundo em 2020, 11% eram crianças e adolescentes com menos de 15 anos. A tuberculose infantil revela o cenário da transmissão recente e contínua na comunidade. Por esse motivo a Organização Mundial da Saúde sugere maior atenção a esse grupo etário, a fim de eliminar a tuberculose como problema de saúde pública.
Objetivos Descrever o perfil dos casos de tuberculose pulmonar em menores de 15 anos no Brasil, considerando as disparidades regionais e étnico-raciais.
Metodologia trata-se de um estudo de corte transversal realizado no Brasil com todos os casos de tuberculose pulmonar em menores de 15 anos notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2008 a 2017. A análise dos dados foi realizada através de regressão logística multivariada com cálculo de Odds Ratio (OR) no programa STATA 12.0 para windows. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Instituto de Saúde Coletiva da UFBA sob parecer nº 5.075.877.
Resultados foram incluídos nesse estudo 22.154 indivíduos com dados completos em todas as variáveis. Em relação ao perfil epidemiológico, 52% eram do sexo masculino, 49% eram pardos, 12% pretos e 6% indígenas e 90% dos casos notificados eram novos. O desfecho de cura foi observado em 77% dos casos e 70% apresentaram a forma pulmonar da doença. A análise ajustada dos dados revelou que a região que teve maior chance de cura foi a Sudeste (OR: 1,00; IC95%:0,91-1,11), os indivíduos da raça/cor preta tiveram menor chance de cura (OR:0,78; IC95%:0,70-0,87) quando comparados aos outros grupos étnico-raciais e os do sexo masculino tiveram menor chance de cura que as do sexo feminino (OR:0,88; IC95%:0,82-0,93).
Conclusões/Considerações estes resultados preliminares descrevem o perfil dos casos de tuberculose infantil no Brasil. Observou-se uma disparidade no que tange a raça/cor das crianças acometidas por tuberculose. E embora a região com maior número de casos seja a Sudeste, essa também foi a região com maior chance de cura. Ressalta-se a necessidade de outros estudos na população infantil para compreender melhor os determinantes do adoecimento por tuberculose neste grupo.
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