22/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC10.1 - INTEGRAÇÃO DAS ÁREAS DA SAÚDE COLETIVA: SITUAÇÃO DE SAÚDE E PRODUÇÃO DO CUIDADO |
40109 - PADRÃO DE MULTIMORBIDADE ENDÓCRINO-ARTICULAR COMO PREDITOR DO USO DE MEDICAMENTOS PARA DORMIR EM MULHERES JOVENS MICHELE GABRIELA SCHMIDT - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, DÉBORA LUIZA FRANKEN - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, JAQUELINE STURMER - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, MARINA LUIZA GRUDGINSKI DE OLIVEIRA - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, MARIA TERESA ANSELMO OLINTO - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS, VERA MARIA VIEIRA PANIZ - UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS
Apresentação/Introdução A alta carga de dor presente em algumas condições crônicas, assim como níveis hormonais desregulados, podem interferir na qualidade do sono. A literatura sugere que a combinação de condições endócrinas e articulares tem a coocorrência de transtornos mentais comuns como um dos diagnósticos mais frequentes, predispondo ao uso de medicamentos para dormir, tema que apresenta resultados conflitantes.
Objetivos Avaliar a associação entre a presença de padrão de multimorbidade (MM) endócrino-articular e uso de medicamentos para dormir (MD) em mulheres adultas e idosas.
Metodologia Estudo transversal de base populacional com 1.128 mulheres (20-69 anos), no sul do Brasil. Os MD referidos foram identificados mediante classificação anatômica terapêutica e química. A exposição principal, padrão endócrino-articular (osteoporose/osteopenia, doenças da tireoide e reumáticas), foi identificada por meio de análise de componentes principais. Associações com características sociodemográficas, comportamentais e de saúde, incluindo transtornos mentais comuns (TMC) (avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire 20 para TMC), foram analisadas por meio de regressão de Poisson com variância robusta e a interação do padrão de MM com a idade, foi testada pelo teste de Mantel-Haenszel.
Resultados A prevalência do uso de MD foi de 14,3% (IC95%12,2-16,3). A presença de TMC aumentou em mais de 3 vezes a probabilidade do uso de MD. A análise de interação com a idade evidenciou efeito distinto do padrão endócrino-articular no uso de MD. Observou-se aumento de 110% na probabilidade do uso de MD na presença do padrão endócrino-articular entre as mulheres na faixa etária de 20 a 44 anos (RP 2,10 (IC95% 1,22–3,61), mesmo após ajuste para TMC. Nas mulheres na faixa etária de 45 a 69 anos essa associação não foi verificada.
Conclusões/Considerações O padrão endócrino-articular foi fator de risco para MD na idade reprodutiva da mulher (20-44), não se associando nas fases normalmente de peri/pós-menopausa (45-69). Os distúrbios do sono acometem mulheres em qualquer idade, mas a presença desse padrão nas mais jovens aumentou a probabilidade do uso de MD, indicando necessidade de atenção ao desenvolvimento de condições crônicas no período mais vulnerável para o uso precoce de MD.
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