23/11/2022 - 13:10 - 14:40 CC9.3 - TECNOLOGIAS E CUIDADO EM SAÚDE |
38332 - ESTIMATIVAS DE NECESSIDADE, OFERTA E DISTRIBUIÇÃO TERRITORIAL DE LEITOS NEONATAIS DE TERAPIA INTENSIVA E DE CUIDADO INTERMEDIÁRIO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, DE 2012 A 2 ALESSANDRA GEORGIA CARRAZEDO TORRES - SES, ROSANGELA CAETANO - IMS-UERJ
Apresentação/Introdução O cuidado intensivo neonatal é ferramenta essencial para a assistência de recém-nascidos graves ou potencialmente graves, a fim de diminuir a morbimortalidade neonatal e caracterizado por oferecer condições técnicas adequadas à prestação de assistência especializada e de alta complexidade
Objetivos O objetivo do estudo foi analisar a oferta e distribuição territorial dos leitos intensivos e de cuidados intermediários neonatais, no estado do Rio de Janeiro, de 2012 a 2020, estimar suas necessidades e avaliar a suficiência dos mesmos, para o ano de 2020.
Metodologia Avaliação normativa, de caráter exploratório, com delineamento transversal e abordagem quantitativa. Os bancos de dados utilizados foram o CNES, para o levantamento dos leitos neonatais e o Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC-RJ) para obtenção do número de nascidos vivos (NV), em 2020. Para estimativa de necessidades e avaliação da suficiência de leitos neonatais, no ano de 2020, tomou-se como base os parâmetros propostos na Portaria GM/MS nº 930/2012 e dois cenários distintos, onde o primeiro contemplou os leitos disponíveis ao SUS e 100 % dos NV, excluídos os beneficiários de planos privados de saúde e o segundo, os leitos SUS e 100% dos NV.
Resultados Os resultados apontaram queda de 3 % nos leitos neonatais disponíveis ao SUS, aumento de 67% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) tipos II e III e redução dos leitos de UTIN I, disponíveis ao SUS. Os leitos de cuidado intermediário neonatal convencional (UCINCo) reduziram em cerca de 43% e os de cuidados intermediários canguru (média de 4%) aumentaram progressivamente, entre 2012 e 2020. O trabalho observou suficiência dos leitos de terapia intensiva no Cenário 1, com importantes desigualdades regionais. Foram apontados déficits para os leitos de cuidados intermediários, com os leitos canguru (UCINCa) em situação deficitária para todas regiões do estado.
Conclusões/Considerações Conclui-se que as regiões não estão organizadas sob uma linha de cuidados progressivos. Portanto, há necessidade de investimento na Rede Neonatal Estadual, com ampliação dos leitos de todas as modalidades, de forma regionalizada, a fim de melhorar o acesso, evitar o transporte do RN e contribuir para a redução da morbimortalidade neonatal.
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