SA8.3 - CUIDADO E POPULAÇÕES VULNERABILIZADAS (TODOS OS DIAS)
|
44588 - SAÚDE DA POPULAÇÃO INDÍGENA EM CONTEXTO URBANO MAYRA COSTA ROSA FARIAS DE LIMA - ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA, RANIELE ALANA LIMA ALVES - ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA, ANDRÉIA SANTOS CAVALCANTE - SES/AM, GRACE SOARES COSTA - FIC/UFAM, JOÃO CARLOS SILVA DE OLIVEIRA - ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA, JOÃO VICTOR OLIVEIRA DE MELO - UFAM, NOELI DAS NEVES TOLEDO - EEM/UFAM, TAÍS RANGEL CRUZ ANDRADE - UFAM, WANJA SOCORRO DE SOUSA DIAS LEAL - SEMSA/MANAUS, RODRIGO TOBIAS DE SOUSA LIMA - ILMD/FIOCRUZ AMAZÔNIA
Apresentação/Introdução Os indígenas em contexto urbano vivem a negação de um espaço urbano de qualidade. Vivem comumente em áreas de grande vulnerabilidade socioambiental, nas periferias. É negado ao indígena o direito a cidade e o acesso aos equipamentos sociais. É necessário uma ampliação do debate sobre as dificuldades enfrentadas por essa população em relação a sua condição de saúde em contexto urbano.
Objetivos O presente estudo se propõe descrever a situação de saúde da população indigena vivendo em contexto urbano, residente na Comunidade Parque das Tribos, localizado no município de Manaus, no Amazonas.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa, acerca da situação de saúde das 30 etnias indígenas em contexto urbano em Manaus.
Foram visitadas um total de 578 casas/famílias, das quais 166(28,8%) estavam vazias, ou fechadas, ou ainda o chefe da família declarou não ser indígena. Dentre as famílias indígenas contactadas 10(1,7%) recusaram participar desta etapa de coleta dos dados, resultando em uma amostra de 402(69,5%) famílias. Foi perguntado sobre a situação de saúde, nas seguintes dimensões: condições crônicas e estilo de vida, observados pelo conjunto de etnias dos Rios Negro, Solimões e demais.
Resultados A presença de pessoas com algum tipo de doença teve maior frequência entre os indígenas do Rio Negro.
Chama a atenção que 46,2% dos indígenas do Rio Negro e Solimões referiram ter pessoas no domicilio com hipertensão. Fato ocorrido também com o diabetes informado respectivamente por 46,7% e 44,4%.
Outro aspecto que merece destaque, é o elevado percentual de participantes que afirmaram ter pessoas na casa com hábito de: ingerir álcool [Rio Negro (50,7%) e Rio Solimões (40,1)] e outras drogas [Rio Solimões (46,7) e Rio Negro (43,3%)].
Conclusões/Considerações Diante dos resultados apresentados neste trabalho, foi identificada uma alta prevalência de DM e HAS. Os estudos sobre populações indígenas em contexto urbano ainda são incipientes, necessitando que haja diagnóstico e análise mais apurados.
É urgente e necessário um maior investimento em pesquisa neste campo, para subsidiar as gestões, municipal e estadual, na implantação de políticas públicas de inclusão aos povos indígenas.
|